Os técnicos Muricy Ramalho e Mano Menezes aproveitaram o duelo entre São Paulo e Corinthians, neste domingo, na Arena Barueri, para colocar fim a uma polêmica recente. Antes do jogo, o comandante são-paulino tomou a iniciativa e foi ao banco de reservas do rival cumprimentá-lo. No Campeonato Paulista, o treinador do Timão insinuou que o Tricolor facilitou o jogo contra o Ituano para prejudicar sua equipe.
Durante esta semana, o assunto voltou à tona com o duelo entre os técnicos rivais. Mano chegou a dizer que não tomaria a iniciativa e aguardaria a atitude de Muricy. Foi o que aconteceu. Rodeado de diversas câmeras e fotógrafos, o são-paulino caminhou até o banco de reservas visitante e apertou a mão do corintiano, brincando ao dizer que "um abraço seria demais" e voltando ao seu posto segundos depois.
- Nunca tivemos uma amizade muito grande, muito tempo sem se ver. O que tem é respeito. Se é longe o banco? Nem vi - afirmou Muricy, pouco antes do gesto amistoso.
- Futebol brasileiro tem mania de polemizar o que não é tão importante. Ele sabe que eu o respeito muito - afirmou Mano, por sua vez.
Já na chegada à Arena Barueri, dirigentes dos dois clubes tentaram amenizar a polêmica. O presidente alvinegro, Mário Gobbi, encontrou com João Paulo de Jesus Lopes, vice administrativo do Tricolor, e os dois brincaram. Conversaram muito, se abraçaram e disseram que não havia motivo para polêmicas.
- A rivalidade fica dentro das quatro linhas - disse Jesus Lopes.
- Eles (Mano e Muricy) são amigos e não tem nada disso - concordou Gobbi.
A polêmica rusga teve Mano dizendo que os deuses do futebol iriam dar a resposta no futuro e Muricy respondendo que a atitude tinha sido um absurdo, pois sempre dormia com sua consciência tranquila.
A derrota do São Paulo para o Ituano, por 1 a 0, no Morumbi, acabou eliminando o Corinthians com uma rodada de antecedência do Campeonato Paulista. O Timão, no mesmo dia, apenas empatou em 0 a 0 com o Penapolense. O time do interior acabou sendo campeão estadual depois.