Preocupado com um possível assédio da CBF, o presidente Luis Alvaro Ribeiro garantiu nesta segunda-feira, 12, que o técnico Muricy Ramalho só seria liberado pelo Santos para comandar a seleção brasileira após pagamento de multa. O valor a ser desembolsado seria "altíssimo", segundo o dirigente.
"Tem uma cláusula que inibe a saída do Muricy a convite da CBF. A cláusula é altíssima", avisou o presidente santista, em entrevista à TV Bandeirantes. As declarações se referem à expectativa de que a CBF venha a demitir o técnico Mano Menezes em função do revés no torneio de futebol dos Jogos de Londres. Favorita à medalha de ouro, a seleção precisou se contentar com a prata, após derrota para o México na final.
"Eu cumpro os contratos que eu assino. Só aceito a rescisão com o pagamento da multa", reforçou Luis Alvaro, que fez inusitada comparação, ao mostrar confiança na permanência do treinador no Santos. "Quem tem uma mulher bonita sofre o assédio dos outros. Eu sou mais eu, no caso, o Santos", declarou.
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O anúncio da cláusula vai de encontro às declarações do dirigente na ocasião da renovação do contrato de Muricy, no fim de julho. Luis Alvaro havia garantido que o novo vínculo não previa multa em caso de proposta da CBF.
"Não tem sentido colocar multa porque a convocação para a seleção é uma espécie de convocação para o serviço militar. Se o País chama para defendê-lo, não dá para estabelecer multa", disse o presidente, no dia 28 de julho, em entrevista à Rádio Globo. O contrato de Muricy fora estendido até o fim de 2013.