O Santos tem pressa, Muricy Ramalho não. Foi o que os disseram os dirigentes do clube nesta quarta-feira. Os números de consenso entre os santistas já foram apresentados ao treinador e consta que ele teria pedido tempo para responder. Serão R$ 450 mil por mês (incluído o salário do auxiliar-técnico Tata) e altos prêmios por objetivos alcançados.
É provável que a mudança de comportamento da direção santista seja porque Muricy prefere deixar tudo acertado, mas só assinar e começar a trabalhar após o clássico com o São Paulo, domingo. Na noite de terça-feira era indisfarçável o clima de satisfação entre os dirigentes no CT Rei Pelé. A impressão era de que a contratação do ex-técnico do São Paulo estava por muito pouco.
Até Serginho Chulapa não escondia a alegria por voltar a trabalhar com o seu amigo dos tempos de Morumbi. Nesta quarta, porém, o discurso dos quatro responsáveis pelo futebol santista parecia ensaiado. A versão passou a ser de que as negociações não evoluíram.
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Adilson Durante Filho, Reinaldo Alvarez Guerreiro, Clodoaldo Tavares Santana e Luís Antônio Ruas Capella afirmaram que não conseguiam falar com Muricy e tampouco com Márcio Rivellino, empresário do técnico. Mas não é bem assim. Depois da segunda-feira desgastante, tendo até que ouvir desaforos de integrantes da principal organizada santista, o presidente Marcelo Teixeira saiu de cena na terça porque esteve na capital e à noite jantou com Rivellino.
"O Santos está querendo muito acertar com Muricy, mas o máximo que conseguimos até agora foi um rápido contato, que eu fiz, com o empresário dele. Depois disso, esfriou", disse nesta quarta-feira, por telefone, Guerreiro, subdiretor de futebol.
Se Muricy realmente assumir na segunda, sua estreia no comando do time santista será num jogo de menor risco, quarta-feira à noite, contra o Atlético-PR, na Vila Belmiro, pela 13.ª rodada do Campeonato Brasileiro.