Foi longe de ser um espetáculo, mas se a parte coletiva não brilhou, ao menos a capacidade individual deu as caras e garantiu ao São Paulo a sua terceira vitória no Campeonato Paulista. Com gols de Luis Fabiano e Rogério Ceni, a equipe bateu o XV de Piracicaba por 2 a 0, neste sábado, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e manteve os 100% de aproveitamento e a liderança isolada no Grupo 1, com nove pontos.
O São Paulo era quase aquele que todos queriam ver. Exceção à ausência de Souza - além de Dória, que assinou contrato na sexta-feira e Alexandre Pato, que não pode enfrentar o Corinthians -, o time tem tudo para ser o que em tese estreará possivelmente diante do rival na Copa Libertadores. Pela primeira vez em muito tempo, Luis Fabiano e Pato enfim estiveram juntos no ataque e talvez recaíssem sobre a dupla as maiores expectativas.
A participação da dupla fica aberta ao prisma do leitor. Os pessimistas dirão que o entrosamento deixou a desejar e poucos lances foram criados a partir de tabelas entre eles; mas aqueles que veem o copo metade cheio lembrarão que alguns passes errados do camisa 9 impediram que Alexandre Pato deixasse sua marca. A impressão que fica é que, se entrosados, os dois podem virar um tormento para qualquer sistema defensivo.
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Muito do desempenho opaco da primeira etapa, diga-se, deveu-se à asfixia imposta pelo XV de Piracicaba aos donos da casa. O técnico Roque Júnior armou o time em um ousado 4-2-3-1 que empurrou o São Paulo para seu campo de defesa mesmo com um meio de campo extremamente habilidoso. Foram precisos 29 minutos para que Paulo Henrique Ganso recebesse a primeira boa bola e aí a categoria falou mais alto: em passe primoroso, ele achou Luis Fabiano, que bateu cruzado e abriu o placar.
A superioridade no placar não refletiu o que foi o jogo. Apesar do abismo de qualidade técnica que separa os rivais, o São Paulo ainda não inspira confiança e se perde em campo. Não foram poucas as vezes, por exemplo, que Wander e Paulinho carregaram tranquilamente a bola sem qualquer resistência dos volantes e se houvesse um pouco mais de capricho na finalização, Rogério Ceni teria buscado ao menos uma vez a bola no fundo do gol.
A disparidade voltaria a aparecer novamente aos nove minutos da etapa complementar, quando Michel Bastos - até então sumido - recebeu e acionou Luis Fabiano, que driblou Diogo Silva para ser derrubado pelo goleiro na área: pênalti que Rogério Ceni converteu sem dificuldades.
Mas nem mesmo o segundo gol melhoraria o desempenho da equipe, que seguiu errando muitos passes e dando espaços enormes na defesa. Para sorte do São Paulo, o XV de Piracicaba não conseguiu aproveitar as chances.
Com mais três pontos na conta, o São Paulo agora pensa no seu primeiro teste mais forte na temporada nesta quarta-feira contra o Santos, na Vila Belmiro. Sairá desta partida o real estágio em que o time se encontra no momento. Por enquanto, dá para dizer que ainda não está no melhor tom.