Na presidência do Palmeiras há quase quatro meses, Paulo Nobre sofre na sua administração por conta da enorme dificuldade financeira do clube. O mandatário herdou o cargo com boa parte das receitas de 2013 comprometidas e, por isso, a diretoria ainda deve parte dos direitos de imagem de parte do elenco - a dívida existe desde a gestão passada, de Arnaldo Tirone.
Entrevistado do programa Show Business, da TV Bandeirantes, do próximo dia 25, o dirigente comparou a limitação de verba com que o Palmeiras passa com a situação de um pai desempregado às vésperas do Natal. A afirmação foi feita quando Nobre foi questionado se o Verdão ajuda financeiramente as torcidas organizadas.
- De forma alguma. O que acontecia era o seguinte: hoje, o Palmeiras não tem nem condições de ajudar.
Leia mais:
Botafogo sucumbe à maratona e amarga queda precoce no Mundial
Flamengo quer tirar 'pai de geração do bilhão' do Palmeiras
Como Flamengo planeja transição do futebol a Bap com último ato de Braz
Ex-rivais, Talles Magno cita amizade com Hugo no Corinthians
Outras épocas, em outras adminitrações eu acredito que isso acontecia, mas eu também não vou fazer nenhuma crítica, porque são momentos. Hoje, o Palmeiras não tem a menor condição de ajudar financeiramente torcida organizada, porque o Palmeiras está com problemas financeiros. Um exemplo que eu dou é quando você promete para o seu filho uma bicicleta no Natal, você perde o emprego no meio do ano, e no Natal você fala que não pode naquele ano. Hoje essa é a situação do Palmeiras - disse durante a gravação do programa, na manhã desta sexta-feira.
A ruptura com as uniformizadas aconteceu no início do último mês de março, quando a Mancha Alviverde partiu para a agressão ao elenco no aeroporto de Buenos Aires (ARG), depois da derrota para o Tigre (ARG) pela Copa Libertadores - o meia Valdivia era o alvo dos torcedores, mas o chileno saiu ileso do entrevero.
- Depois daquela confusão, eu disse que até demonstrarem que são realmente organizados, eu não forneceria esse ingresso fora e aqui em São Paulo eles teriam que entrar na fila normalmente para poder comprar o ingresso. Não era uma grande vantagem, mas era alguma vantagem e essa eu tirei até para que eles passassem a se mexer também. E que esse tipo de comportamento que tiveram não voltasse a se repetir. Agora, a minha intenção é ter um bom relacionamento com absolutamente todo mundo, uma vez que eles façam a parte deles, o Palmeiras jamais vai ser contrário ao seu torcedor.