Abel Braga negou nesta sexta-feira qualquer favoritismo do Fluminense para o clássico com o Flamengo, domingo, no Engenhão. Para o treinador, a vitória sobre o São Paulo devolveu a confiança ao rival, que entrará em condições de igualdade, apesar de sofrer com mais desfalques do que o Fluminense. O Flamengo não poderá contar com Ronaldinho, convocado para a seleção, Aírton e Willians, ambos suspensos.
"Nunca vi Fla-Flu ter favorito. As duas equipes estão exatamente com o mesmo número de pontos na tabela. Esse papo de favoritismo é totalmente fora de propósito. A diferença é que nós perdemos mais [no campeonato] e vencemos mais que o Flamengo", ponderou o treinador. "Se o Flamengo não tivesse vencido seus dois últimos jogos, estaríamos com uma confiança maior. Mas não dá para dizer isso agora".
Na avaliação de Abel, o "fator clássico" servirá de motivação tanto para o Flu, quinto colocado, quanto para o Fla, em sexto na tabela. "Clássico motiva para os dois lados. E normalmente é decidido nos detalhes. Dessa maneira perdemos no primeiro turno. Acho até que merecíamos um resultado melhor pelo o que produzimos. Mas o Flamengo foi mais feliz e, mesmo dominado, errou pouco e não permitiu o empate", comentou, se referindo à derrota por 1 a 0 para o rival.
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A situação, porém, não deve se repetir no clássico deste final de semana, na opinião de Abel. Para o técnico, o Fluminense vive melhor momento, principalmente por conta do apoio da torcida. "Adquirimos a confiança dos torcedores. Criamos simpatia entre time e torcida. Nossa equipe não desiste nunca e já provou isso com viradas e gols inesperados. Esse apoio todo será importante para domingo".
Em relação ao time titular, o treinador resolveu fazer mistério e não confirmou a escalação do meia Deco, que vinha treinando entre os titulares durante a semana, mas foi poupado nesta sexta. "O Deco é um jogador de rara capacidade técnica. Tem a mesma dinâmica que tinha quando jogava no porto. Sua leitura de jogo é fantástica. Fez um bom trabalho durante a semana. E nesta sexta-feira preferimos poupá-lo".