Dois meses é muito pouco para avaliar o trabalho de qualquer treinador. Mas no caso de Juan Carlos Osorio, que completa dois meses à frente do São Paulo neste sábado, muita coisa já aconteceu, tanto que o colombiano já pode ser considerado um sobrevivente, mesmo que os resultados ainda estejam aquém do esperado.
Osorio foi apresentado no dia primeiro de junho com a dura missão de promover mudanças no Tricolor e no futebol brasileiro. "Precisamos inovar. Os técnicos brasileiros são sempre a mesma coisa", cansou de dizer o presidente Carlos Miguel Aidar.
Neste aspecto, tem encontrado muita dificuldade, mas obtido certo êxito. A filosofia de rodízio ainda está sendo digerida pelo grupo, agrada a muitos, incomoda alguns. Osorio também tenta implantar o esquema com três zagueiros, mesmo sob algumas críticas, inclusive de dirigentes próximos a Aidar.
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O técnico tem recebido elogios por ser manter firme na missão de vingar no Brasil, mesmo com dificuldades. Desde que chegou, seis jogadores saíram (Dória, Paulo Miranda, Denilson, Souza, Cafu e Ewandro), Boschilia está para sair e outras vendas podem acontecer.
Osorio assumiu com o time na liderança do Brasileiro e, após 11 jogos, está em 5, com cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas. Resultados regulares, mas que não tiraram o apoio da torcida. Nas arquibancadas e redes sociais, os são-paulinos estão ao lado do treinador. O incentivo serve de combustível para o colombiano.
"Aproveito a oportunidade para agradecer e dizer obrigado aos torcedores pelo apoio. Vou dar 100% para que o time cada vez mais esteja melhor preparado para competir e vencer o próximo jogo", agradeceu Osorio.
Esta semana, Osorio ganhou outra motivação. Desde segunda-feira, sua esposa e dois filhões estão no Brasil. O técnico deixou de morar no CT e agora está com eles num flat. Força para suportar muitos meses, como ele espera.