Antes mesmo do anúncio como técnico do Corinthians, Oswaldo de Oliveira já enfrenta uma enorme resistência, algo que será o principal problema para ele lidar assim que assumir o comando da equipe.
O título de campeão mundial de 2000 parece não ser suficiente para a torcida aceitar o retorno do treinador ao comando da equipe. Em 2004, ele voltou pela primeira vez e teve uma passagem pífia. Além disso, coleciona resultados ruins nos últimos anos. No Sport, por exemplo, teve um aproveitamento de 36% dos pontos.
A incerteza em relação ao seu nome faz com que o tempo de contrato do treinador seja discutido. Inicialmente, ele teria contrato até dezembro do ano que vem, quando acaba o mandato de Roberto de Andrade. Entretanto, o vínculo pode ser menor e ter um acordo para o caso de uma rescisão contratual.
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E Oswaldo chega ao clube em meio a dificuldades dentro e fora de campo. Embora tenha caído de produção nos últimos jogos, o Corinthians ainda está vivo na Copa do Brasil (decide vaga nas semifinais contra o Cruzeiro, semana que vem) e luta por uma vaga no G6 do Brasileiro. Por isso, precisará corrigir os defeitos o quanto antes.
Uma das fragilidades da equipe é a falta de qualidade dos atacantes. Embora tenha feito quatro gols diante do Santa Cruz, balançar as redes adversárias é um desafio para o time corintiano, que antes do duelo com os pernambucanos, colecionavam quatro jogos sem marcar gols pelo Brasileirão.
Oswaldo gosta de jogar com centroavante como referência na área e, neste momento, Gustavo ganharia pontos com o treinador. Entretanto, o atacante não poderá atuar na Copa do Brasil, pois defendeu o Criciúma na competição.
Para fazer a bola chegar em Gustavo, também será necessário muito trabalho do treinador. O Corinthians tem um meio de campo veloz, mas de pouca criatividade. No Sport, Oswaldo contava com Diego Souza como seu principal organizador e pode tentar fazer isso com Marquinhos Gabriel ou Marlone.
Na defesa, o problema maior está nas bolas aéreas. Embora Pedro Henrique mostre viver um momento melhor do que Yago, ele e Balbuena ainda falham bastante no posicionamento.
Uma solução que o treinador também gosta de utilizar por onde passa é apostar em garotos da categoria de base. Ele foi, por exemplo, o responsável por promover Gabriel Jesus ao time principal do Palmeiras. No Corinthians, apostam quem Marciel e Isaac podem ser melhores aproveitados.