O Palmeiras acumulava três empates e quatro vitórias nas últimas sete partidas, mas não foi páreo para o Libertad (PAR), em seu primeiro desafio como visitante na Libertadores 2013. Na noite desta quinta-feira, Velázquez e Benítez garantiram ao time paraguaio uma vitória por 2 a 0, no Estádio Nicolás Leoz, em Assunção.
Após duas rodadas, o Libertad lidera o Grupo 2, com seis pontos. O Verdão divide a segunda colocação com o Sporting Cristal (PER), com três, enquanto o Tigre (ARG) ainda não pontuou.
O Palmeiras só voltará a campo na próxima quarta-feira, contra o Tigre, fora de casa. No mesmo dia, o Libertad receberá o Sporting Cristal, encerrando o primeiro turno da chave. Pelo Paulistão Chevrolet, o próximo desafio do Alviverde é o clássico contra o São Paulo, dia 10, no Morumbi.
SUFOCO E BOLA NA TRAVE
O Palmeiras praticamente não havia passado do meio de campo quando Nuñez cruzou da direita e Velázquez cabeceou para a rede, abrindo a contagem para o Libertad, aos 10 minutos.
Marcelo Oliveira, Maurício Ramos, Henrique, Vilson e Weldinho só assistiram, deixando claro que o time brasileiro estava completamente envolvido pelos donos da casa. Os dois protagonistas da jogada, por sinal, se juntam ao ex-colorado Guiñazu como destaques da equipe paraguaia.
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Antes de embarcar, o técnico Gilson Kleina chegou a falar que o Palmeiras passaria por um "batismo", já que muitos jogadores estavam estreando em viagens pela Libertadores. O Libertad, que está disputando a competição pela 11ª vez consecutiva, mostrou que a bagagem faz diferença e começou o jogo com muito mais naturalidade que o Verdão, aproveitando a jornada instável dos defensores brasileiros para acumular oportunidades.
As redes balançaram outras duas vezes, mas a arbitragem acertou ao assinalar impedimentos nas duas ocasiões. O Palmeiras só respirou no fim do primeiro tempo e, mesmo assim, mostrou força.
Aos 32, o jovem Vinícius fez grande jogada pela esquerda e bateu em cima do goleiro Munõz. Na sobra, cruzou para Patrick Vieira, que quase conseguiu completar. No último minuto, a melhor chance: Souza deu ótima enfiada para Wesley, que bateu de direita e acertou a trave.
SANGUE DE HENRIQUE ENTERRA O VERDÃO
Um dia antes da partida, o centroavante Kleber avisou que se sentia em condições de atuar por até 25 minutos. Mesmo assim, foi acionado já no intervalo da partida, assim como o meia Valdivia. Recuperados de lesões em suas respectivas coxas esquerdas, eles substituíram Maurício Ramos (Vilson foi recuado para a zaga) e Patrick Vieira.
Mas, a exemplo da primeira etapa, o Libertad foi rápido para balançar as redes. Aos 9 minutos, Samudio recebeu livre pela esquerda e cruzou para Benítez cabecear sozinho e ampliar. A defesa alviverde estava desfalcada, já que o zagueiro Henrique havia sido retirado do gramado pela arbitragem por causa de um sangramento no nariz. Ele voltou a campo aplaudindo ironicamente o árbitro Juan Soto, da Venezuela, e levou cartão amarelo. O nervosismo ficou evidente.
O árbitro não ajudou. Em um só lance, deixou os palmeirenses furiosos ao ignorar duas faltas duras na entrada da área do Libertad. Insatisfeito, Kleina gastou seu último cartucho antes mesmo da metade do segundo tempo, colocando Maikon Leite no lugar de Souza.
Na base do tudo ou nada, o Verdão se lançou ao ataque e até criou algumas oportunidades, mas escapou por pouco de tomar mais um gol em pelo menos três ocasiões.
Kleber pouco participou do jogo e viu Henrique, em suas aventuras no campo de ataque, ser um "centroavante" mais efetivo. Valdivia, apesar de alguns lampejos, fez pouco para mudar o jogo. Wesley, nervoso, também não salvou. E caiu a invencibilidade...