O experiente e vencedor Luiz Felipe Scolari está na mesma situação que o novato e interino Sérgio Baresi. Seus times, Palmeiras e São Paulo, vão mal no Brasileirão e não conseguem se firmar na competição. Se há uma palavra que mais se ouve falar dos dois lados é instabilidade. Por isso, o clássico deste domingo, a partir das 16 horas, no Pacaembu, é fundamental para um deles ganhar moral - o empate não é bom para ninguém.
O Palmeiras ainda está em melhor situação. Enquanto venceu o Grêmio durante a semana, no Olímpico, o São Paulo amargou derrota para o Internacional no Morumbi. Um ponto separa os times na tabela de classificação: os palmeirenses estão com 29, contra 28 do rival - e, atrás, os são-paulinos são quem mais têm a perder com o clássico.
Após a parada para a Copa do Mundo, o torcedor são-paulino viu a equipe cair no torneio que mais importava, a Libertadores. Agora, o Brasileirão é a única competição que pode salvar o ano, ao contrário do Palmeiras, que aposta todas suas fichas na Copa Sul-Americana.
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"Em momento como esse (de crise), a responsabilidade maior é do São Paulo. Temos de dar uma resposta imediata", admite o zagueiro Alex Silva, que volta à defesa são-paulina após um mês se recuperando de lesão. "Vai ser um bom jogo, equilibrado. Não vejo superioridade de A ou B", diz Felipão.
Os times
Além do goleiro Marcos, ainda machucado, o Palmeiras terá o desfalque do volante Edinho e do atacante Kléber, ambos suspensos. Pierre assume a posição no meio-de-campo, enquanto Tadeu ganha vaga no ataque. E o meia chileno Valdivia, ainda fora de forma, vai ficar novamente no banco de reservas, com entrada certa no segundo tempo do clássico.
Já o São Paulo sofrerá uma boa reformulação para a disputa do clássico. A derrota para o Internacional no Morumbi fez o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, aparecer no Centro de Treinamento para exigir melhora do time. A resposta de Sérgio Baresi será mexer no time.
Apesar do retorno de Alex Silva, no lugar de Xandão, o técnico mantém o esquema 4-4-2 no São Paulo. As mudanças acontecem no meio-de-campo, onde Cléber Santana e, provavelmente, Jorge Wagner devem perder posição entre os titulares.