O Palmeiras vai iniciar nos próximos dias a operação para recorrer das punições aplicadas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ao clube e ao volante Felipe Melo pelo envolvimento na confusão ao fim do jogo contra o Peñarol, no último dia 26 de abril, no Uruguai, pela Copa Libertadores. A diretoria palmeirense formalizou à entidade o pedido por uma audiência, na qual vai recorrer formalmente da decisão e tentar de novo se defender.
O primeiro passo para concretizar o encontro com a Conmebol foi dado na última semana. O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, encontrou o presidente da entidade sul-americana, Alejandro Dominguez, em evento na sede da CBF, no Rio, e voltou a manifestar descontentamento com a punição. O dirigente alviverde pediu para ter a oportunidade de a equipe ser recebida na sede da Conmebol, em Assunção, para tratar do tema. A resposta foi positiva.
O clube, então, enviou na quarta-feira o pedido formal de audiência. A entidade sul-americana acatou e deve marcar o encontro para as próximas semanas. O Palmeiras diz não ter pressa, pois entende que, além de as oitavas de final da Libertadores se iniciarem apenas em julho, é preciso usar o tempo a favor para elaborar melhor o recurso para diminuir as punições aplicadas.
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A Conmebol determinou ao Palmeiras a realização de três partidas como visitante pela Libertadores sem poder levar torcedores ao estádio do adversário. A outra decisão da entidade puniu o volante Felipe Melo em seis partidas por ter agredido Mier, do Peñarol. Com essa restrição, o clube só poderia voltar a escalar o jogador em uma possível partida de volta da semifinal da competição.
Apesar de ter se revoltado com as duas penas, o Palmeiras ainda não formalizou o recurso e vai esperar a audiência para entregar a segunda tentativa de defesa. Na primeira argumentação entregue à Conmebol, o clube elaborou um dossiê com fotos e vídeos para tentar provar que o clube uruguaio premeditou e causou a confusão no estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu.
Para defender Felipe Melo, o departamento jurídico tentou convencer os auditores do tribunal disciplinar da Conmebol de que o volante não provocou os uruguaios ao fim da partida, vencida pelo clube paulista por 3 a 2. A briga começou após o apito final, quando o palmeirense foi cercado por adversários enquanto fazia um gesto com as mãos apontando para o céu.
Os advogados se preocuparam em comparar a manifestação com outras feitas por Felipe Melo para comemorar vitórias em partidas anteriores. O intuito foi reforçar à Conmebol de que se tratou de uma celebração recorrente dele e de cunho religioso, e não provocativo.