A arrancada do Palmeiras nesses últimos jogos do Campeonato Brasileiro não pode ser explicada apenas pelo time ter marcado mais gols e vencido os adversários, mas principalmente por ter parado de sofrer na defesa. A equipe arrumou o setor que tanto deu problema em um passado recente e acumula três partidas consecutivas sem ser vazado: Fluminense, Cruzeiro e Fortaleza.
O Palmeiras não ficava tantos compromissos seguidos sem levar gols há quatro meses. Em maio, o time chegou a ficar quatro partidas seguidas sem ter as redes balançadas pelos adversários (Internacional, Atlético-MG, Botafogo e Santos). A marca pode ser obtida novamente nesta quinta-feira, caso o CSA não marque na partida pela 21.ª rodada do Brasileirão, às 19h15, no estádio do Pacaembu, em São Paulo.
A melhora na defesa era uma solução urgente e foi uma das prioridades de Mano Menezes ao ser contratado para a vaga do antecessor, Luiz Felipe Scolari. No primeiro semestre, antes da Copa América, a média de gols sofrida pelo time era de 0,27 por jogo. Já depois do fim do torneio, a equipe está com uma média de 1,05 (18 jogos e 19 gols sofridos).
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Por isso, a intervenção na defesa era necessária e os resultados dos últimos jogos mostram uma evolução. O goleiro Weverton pouco trabalhou diante de Cruzeiro e Fortaleza. "Essas marcas de jogos sem levar gol são muito importantes para nós, que somos defensores, e para o elenco. Mérito do time todo, desde os atacantes que pressionam o adversário. Esperamos manter essa pegada", afirmou o zagueiro Vitor Hugo.
O defensor tem sido um pilar deste momento do Palmeiras. Após retornar de uma passagem de dois anos na Fiorentina, da Itália, o jogador passou a fazer a dupla de zaga com o paraguaio Gustavo Gómez, outro com currículo no futebol italiano, onde atuou pelo Milan. Os dois têm mostrado entrosamento e conseguido dar segurança na marcação.
Quando retornou ao Palmeiras, em agosto, Vitor Hugo disse que a experiência na Itália o ajudou a evoluir como zagueiro, experiência agora usada a serviço do clube alviverde. "Eu evoluí muito, lá é muito diferente daqui. Eles focam muito na parte tática, tem de estar muito bem posicionado. Eu evoluí muito tecnicamente, com passe mais forte, na hora de dominar a bola também", comparou.