A classificação do Paraná Clube para disputar as oitavas de finais da Copa João Havelange serviu para provar que a equipe paranaense foi injustamente jogada à segunda divisão do futebol brasileiro pelos dirigentes do Clube dos 13. Das equipes rebaixadas no Campeonato Brasileiro do ano passado, somente o tricolor não foi convidado para participar da competição de 2.000.
A equipe paranaense foi preterida pelo Fluminense, que foi campeão da Terceira Divisão; Bahia, que disputava a segunda divisão; o Juventude, que tinha sido rebaixado de divisão, como o tricolor e o América Mineiro, que também estava na segunda divisão. Os dirigentes paranistas pensaram em seguir os passos do Gama e entrar na Justiça Comum para exigir uma vaga na primeira divisão. Preferiram disputar o Módulo Amarelo e mostrar qual o caminho correto para se ganhar uma vaga.
O presidente Ênio Ribeiro desabafou que o seu clube tem time para chegar a final da competição. "Agora que atíngimos o objetivo de ficar entre os 16, já temos outro: de ficar entre os oitos, depois vamos pensar em ficar entre os quatros e decidir o título. Não estou querendo menosprezar nossos adversários. Sei que temos um elenco de primeira, que pode pensar longe".
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O dirigente também fez questão de enaltecer o trabalho da sua gestão. "A classificação se deve ao planejamento que fizemos no início da competição. Também contribuíram para o sucesso, o treinador Geninho, o supervisor Ricardo Machado, o Casinha, os conselheiros e a todos aqueles torcedores que acreditaram que o Paraná poderia voltar a elite".
Para disputar o Módulo Amarelo, o Paraná se desfez dos seus melhores jogadores. O centroavante Ilan trocou a Vila Capanema pelo Morumbi, onde é reserva do atacante França. A outra estrela da equipe, o atacante Washington foi vendido para a Ponte Preta, onde é o artilheiro do time campineiro; o ala Patrício foi para o Grêmio de Porto Alegre; Fernando Diniz para o Fluminense e Milton do Ó procurou a Justiça Trabalhista para ficar com seu passe.
O tricolor apostou na famosa solução caseira. Acreditou que Marcos, Marcelo, Fredson, Fernando Miguel, Lúcio Flávio, Flávio e Márcio dariam conta do recado. Trouxe de volta o volante Hélcio, que disputou o Campeonato Paulista pelo Rio Branco de Americana. Também chegaram o meia Fabrício e o zagueiro Nem, envolvidos na negociação de Ilan. O experiente ala Ronaldo Alfredo foi mantido.
A delegação paranista retornou à Curitiba por volta das 20h30 e foi recepcionado no Aeroporto Afonso Pena com uma festa. Torcedores estavam de plantão esperando o elenco paranista desde às 18h30. Na chegada, os ídolos e heróis receberam abraços, cumprimentos e pedidos de autógrafos. Em seguida saíram em uma carreata do Aeroporto até o Estádio Durival de Britto e Silva, onde os vitoriosos foram recebidos com música e chopp.
Um dos jogadores mais alegres na chegada era o centroavante Márcio, que finalmente desencantou na Copa João Havelange. "Tirei um peso dos meus ombros com o gol em Belém. Agora tenho certeza que tudo vai ser diferente. Não vou passar tanto tempo em jejum. Agora vamos ficar esperando pela próxima partida para brigar pela primeira colocação do Módulo Amarelo".
O próximo adversário do time paranaense será op São Caetano, que venceu o Paysandu por 5 a 4. O jogo do tricolor deve acontecer na quinta-feira, em Vila Capanema, às 20h30. O diretor Ocimar Bollicenho passou o dia de ontem tentando transferir a data. Ele conversou com o Clube dos 13 para realizar a decisão da competição em dois domingos.