O programa Pintando a Liberdade, do Ministério do Esporte, pode voltar a funcionar no Paraná, ainda este ano, em parceria com a Paraná Esporte e Secretaria de Justiça. A informação foi dada pelo diretor-presidente da Paraná Esporte, Marco Aurélio Saldanha Rocha, que esteve em Brasília para tratar dessa possibilidade. "Volto entusiasmado achando que temos grandes chances de resgatar o Pintando a Liberdade no Paraná", comunicou Marcou Aurélio.
Para o diretor-presidente da Paraná Esporte a sua ida ao Ministério do Esporte para tentar retomar o programa Pintando a Liberdade, depois de dois anos interrompido, mostra a importância de suas ações para o Estado. "A contrapartida do Estado é um investimento que fica no Paraná mesmo, trazendo benefícios para vários projetos. Precisamos dessa ação novamente", torce Marco Aurélio, sem apontar os motivos da suspensão da parceria pela administração anterior.
Programa – O programa Pintando a Liberdade busca ressocialização e a profissionalização de detentos por meio do trabalho, na maioria dos estados. Os presos produzem materiais esportivos como bolas, redes, camisas, calções, bonés e sacolas. Eles recebem por produção e, a cada três dias trabalhados, têm um dia abatido na pena. O material é distribuído para escolas públicas e programas sociais, como o Segundo Tempo, que continua em funcionamento no Paraná.
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No ano passado, 12,7 mil detentos produziram 1.562.360 itens esportivos, em 73 unidades penitenciárias. Um dos materiais produzidos pelos detentos foi para os Jogos Paraolímpicos de Pequim: a bola de futebol com guizo para deficientes visuais. Foi a única utilizada na competição de Futebol de Cinco na China.
Paraná – No Paraná, na parceria com a Paraná Esporte, até 2006, os locais de produção eram o presídio do Ahú, hoje desativado, a Colônia Penal Agrícola e as penitenciárias para homens e mulheres em Piraquara. Na mesma proporção do investimento, 75% pela União e 25% pelo Estado, era distribuído o material produzido, como bolas, mesas de pingue-pongue e uniformes (camisetas, calções, bonês e bolsas).
"As bolas de futebol, futsal e handebol eram tão boas que foram utilizadas nos Jogos Colegiais e Jogos da Juventude", lembra Luís Fernando Olivo, coordenador do programa no Paraná. Hoje, o programa funciona só no presídio de segurança máxima de Catanduvas, mas em convênio direto entre os ministérios do Esporte e da Justiça.