O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou nesta segunda-feira que o zagueiro Xandão, do São Paulo, foi pego no exame antidoping realizado após o jogo contra o Atlético-PR, no dia 16 de novembro, pelo que recebeu uma suspensão preventiva de 30 dias. O clube paulista, porém, soltou nota oficial logo em seguida, explicando o caso e isentando o jogador de qualquer culpa pelo suposto doping.
Xandão testou positivo para três substâncias proibidas, nenhuma delas estimulante. De acordo com o clube, elas são encontradas em um colírio que foi usado pelo jogador a partir do dia anterior à partida. O zagueiro apresentava conjuntivite infecciosa e uma oftalmologista de Curitiba receitou-lhe o uso de um colírio que continha antibiótico e corticoide.
Ciente disso, o São Paulo autorizou o uso da medicação, sendo informada esta na relação de medicamentos entregue à Comissão Antidoping presente no jogo na Arena da Baixada. O clube alega que o Regulamento de Controle de Dopagem de 2011, em seu artigo 9, proíbe glicocorticosteroides quando administrados por via "oral, retal, intramuscular e venosa", excluindo, portanto, a via oftalmológica. Como o jogador pingou o colírio diretamente no olho, não haveria proibição.
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Em nota, o São Paulo salienta que a associação entre antibiótico e corticoide "é frequente em inúmeras medicações de uso tópico, sendo usada com frequência no tratamento de moléstias de pele, oftalmológicas e otolaringológicas, sem que tenham apresentado quaisquer problemas anteriormente".
O São Paulo afirma que Xandão não tem qualquer responsabilidade pelo resultado do exame antidoping e que clube, jogador e departamento médico abriram mão da realização de uma contraprova. A nota encerra dizendo que o São Paulo está certo de que houve um "mal entendido" e que Xandão não será punido.