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No Brasil

Pelé pede fim dos pensamentos ruins sobre o Mundial Fifa

Agência Estado
08 out 2011 às 08:33

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A Fifa estima um prejuízo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,8 bilhão) se o Brasil não adequar a Lei Geral da Copa às exigências da entidade. Os cálculos englobam desde os valores da meia-entrada, para estudantes e idosos, até os custos dos direitos de televisão e da proteção das marcas dos patrocinadores.

Para não correr este risco, a Fifa pediu ao governo brasileiro que a lei honre os compromissos assinados há dois anos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que contemplavam todas as garantias exigidas pela entidade para a realização da Copa do Mundo de 2014.

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No encontro entre a presidente Dilma Rousseff e Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, na segunda-feira, em Bruxelas, ficou definido que o projeto da Lei Geral da Copa vai passar por algumas adequações. Com as alterações, o prejuízo estimado pela Fifa seria reduzido. Depois das mudanças, advogados da Fifa vão esmiuçar a nova Lei Geral para, enfim, assinar o contrato entre o Brasil e a entidade garantindo o Mundial no País.

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Atraso nas vendas. A previsão é de que esse processo se arraste por pelo menos mais um mês. Até lá, a Fifa não poderá colocar à venda os ingressos da Copa. A expectativa era de que a comercialização dos bilhetes se iniciasse logo após o congresso da entidade, dias 20 a 21, em Zurique, quando se definirá a distribuição dos jogos, incluindo a abertura e a final, pelas 12 sedes.

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Com o impasse da meia-entrada, a Fifa também não tem como definir os valores dos ingressos. Está descartado um aumento nos preços dos bilhetes, que seria uma contrapartida para compensar as "perdas" com o lote de meia-entrada a ser comercializado apenas no Brasil.


Beira-Rio fora. No Congresso da Fifa também serão definidas as sedes da Copa das Confederações que será disputada em meados de 2013. Das 12 cidades candidatas, São Paulo já está descartada e o Rio também corre risco com o atraso no cronograma de obras do Maracanã.

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Porto Alegre é outra sede que está tecnicamente fora da Copa das Confederações. As obras do Beira-Rio nem começaram como a Fifa esperava, após a assinatura do contrato entre a empreiteira e o Internacional.


Apesar da festa de ontem, com a participação de Pelé, embaixador da Copa de 2014, e do Ministro do Esporte, Orlando Silva, no estádio gaúcho, a expectativa dentro da Fifa é de que "só por um milagre" o Beira-Rio vai ficar pronto no prazo para receber jogos do torneio preparatório ao Mundial de 2014.

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A Fifa trabalha com pelo menos cinco sedes para abrigar a Copa das Confederações. Brasília seria o palco da abertura, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza, com as obras em bom ritmo, estariam garantidas.


Embaixador honorário da Copa de 2014, Pelé criticou ontem, em Porto Alegre, o pessimismo que muitos brasileiros demonstram em relação à promoção do evento no País. "O que nos preocupa é que estamos criando um volume de onda, um volume de ideias de que as coisas não vão sair no Brasil, o que não é verdade'', disse Pelé. "Vai sair.''

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O Rei do Futebol visitou o estádio Beira-Rio ao lado do ministro do Esporte, Orlando Silva, e propôs que se acabe com a conversa de que o evento pode deixar o Brasil se as obras não ficarem prontas.


"O brasileiro tem que ter confiança, nós estamos aqui, nós temos certeza que vai sair'', reiterou Pelé, prevendo que todos os impasses serão resolvidos. "Vamos trabalhar juntos e nada de pensar negativamente. É por isso que estou aqui, porque vamos fazer essa Copa.''

Pelé disse que a missão de trabalhar para reduzir o pessimismo dos brasileiros lhe foi dada pela presidente Dilma Rousseff.


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