Os pilotos do 21º Rally Internacional do Brasil acataram a decisão do Ministério Público de Morretes e subiram, nesta sexta-feira, a Estrada da Graciosa lentamente, respeitando as leis de trânsito. Os organizadores da competição, uma das mais tradicionais do automibilismo brasileiro, queriam voltar a usar o traçado sinuoso da pista para a corrida. Mas a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) retomou uma decisão judicial de 1992 que proíbe a realização de disputas automotivas na estrada.
A intenção da empresa que organiza o Rally era aproveitar o charme da Graciosa para dar mais destaque à prova, que é válida para os rankings brasileiros e sulamericanos da categoria. Segundo o superintendente da Sema no Litoral, Hamilton Bonatto, o ruído causado pelos carros poderia perturbar a fauna da região.
Apenas os 39 pilotos que disputam o Rally sentiram-se prejudicados, não tanto com a decisão judicial, mas sim com a postura da direção da prova. "Na reunião com os participantes horas antes da prova, não fomos comunicados sobre a mudança no trajeto. Além disso, estamos tentando há quatro dias entrar em contato com a organização do Rally e não conseguimos retorno", reclamou Ronaldo Leme, assessor da equipe Seat.