Melhor representante do Estado de São Paulo, a Ponte Preta vem surpreendendo no início do Campeonato Brasileiro. Depois de vencer pela primeira vez em São Januário, com o triunfo sobre o Vasco na última quarta-feira, o time campineiro tenta quebrar mais um tabu contra o Santos, neste sábado (6), às 18h30, na Vila Belmiro. A equipe não vence na Baixada Santista há quase 10 anos.
A última vitória sobre o Santos em solo rival aconteceu em 2005. No dia 27 de julho, em duelo válido pelo Brasileirão, a Ponte Preta venceu por 1 a 0, com gol de Evando. Desde então foram cinco derrotas e dois empates. O bom momento na temporada anima o time para tentar surpreender. "Durante o Campeonato Paulista esse foi o jogo mais difícil que fizemos dentro de casa. Jogando na Vila Belmiro vai ser muito difícil, mas nossa equipe tem conseguindo quebrar algumas situações e isso mostra o quanto o grupo está focado e determinado em conquistar os objetivos", afirmou o técnico Guto Ferreira.
Ele reclamou muito do calendário e garante que não houve tempo suficiente pra seu time se recuperar da última rodada. "Com viagem e tudo, não tivemos tempo de treinar. Fora isso, há o desgaste dos jogadores. Eles estão carregados, mas não com o tanques cheios". Guto Ferreira também negou ter sido procurado por algum representante do Santos, "o que gera certo mal estar desnecessário".
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E sobre o assédio em cima de alguns jogadores, como o meia Renato Cajá, encara tudo com naturalidade. "Se o time está bem e o jogador também, então é normal que acha algum tipo de interesse. Mas temos que manter o foco dentro da competição e de nosso objetivo. Se houver alguma proposta pelo jogador, o caso compete à diretoria", explicou o técnico.
Renato Cajá estaria sendo disputado por Cruzeiro e Flamengo e o interesse aumentou quando os clubes descobriram que a multa contratual para o mercado brasileiro é em torno de R$ 5 milhões. O meia vai completar o seu sexto jogo na temporada, número limite pelo regulamento para se transferir. Com 30 anos, chegou à Ponte Preta depois de se destacar na Ferroviária-SP. Passou já por grandes clubes como Grêmio, onde não foi bem, Vitória, com altos e baixos, e Botafogo-RJ, com bom início. Atuou na China e voltou a Campinas no ano passado.
Sem problemas de ordem médica ou de suspensão, o time começará com a mesma formação que iniciou no Rio. Felipe Azevedo segue no ataque na vaga de Rildo, que continua barrado por indisciplina. Ele reclamou ao ser substituído na vitória sobre a Chapecoense, levou multa e não foi relacionado tanto no jogo do Rio como de Santos. É um indício de que pode ser negociado.
A novidade do treino desta sexta-feira foi a presença do volante Marcos Serrato. Contratado junto ao Paraná, ele fez a sua primeira atividade como jogador da Ponte Preta, mas ainda não assinou contrato.