Poucos países do mundo teriam condições de sediar uma Copa do Mundo de 48 seleções, afirmou nesta terça-feira o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin. Para o dirigente do futebol europeu, somente dois ou três nações do continente teriam estrutura suficiente para receber esta versão ampliada do Mundial, que foi anunciada em janeiro pela Fifa.
"Acho que talvez dois ou três países na Europa, não mais que isso [conseguiriam sediar a Copa]", afirmou Ceferin. "Nenhum país da África, talvez a China e os Estados Unidos, e é isso. Quarenta e oito é um número grande, será interessante", declarou o dirigente, evitando críticas à Fifa.
A versão ampliada da Copa, passando de 32 para 48 times, foi anunciada pela entidade máxima do futebol em janeiro. A estreia deste formato, que deve exigir ao menos 12 estádios disponíveis para a disputa, será em 2026, ainda sem definir a escolha do país sede. Para Ceferin, o número de 16 arenas seria o mais adequado.
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Conversando com a imprensa na República Checa, em visita à federação local, o presidente da Uefa também comentou sobre as recentes mudanças na Liga dos Campeões e na Eurocopa. E afirmou estar satisfeito com as alterações que deram quatro vagas automáticas na fase de grupos do torneio de clubes às quatro maiores ligas de futebol do continente.
"Nosso plano é que este formato e que esta lista de entrada de clubes não sofra mais mudanças. Qualquer sugestão de super liga, ou liga fechada está fora de questão nas discussões da Uefa", declarou.
Ao defender a mudança, Ceferin alegou que as federações nacionais que se opuseram às novidades estavam mal informadas sobre as contas da Uefa. Segundo o dirigente, as cinco maiores federações são responsáveis por 86% da receita da entidade, mas levam apenas 60% deste montante. "Então não era fácil para os antigos líderes da Uefa... Havia muita pressão", declarou.
As mudanças na Uefa afetaram também o ranqueamento dos clubes para entrar na Liga dos Campeões e na Liga Europa e a distribuição de premiação até a temporada 2021 do futebol europeu.
FUTURO DO EUROCOPA - Ceferin também elogiou as mudanças na Eurocopa, agora com 24 clubes. E afirmou que a próxima edição do torneio, em 2020, que será itinerante, não será repetida no futuro. "Teremos no máximo dois países sediando a competição, e não mais que isso. Organizar esta edição em várias nações não está sendo um trabalho fácil para a Uefa", alegou.