Preparação em campo e reunião nos bastidores. O Palmeiras se dividiu em duas frentes nos últimos dias para ter mais tranquilidade a partir desta quarta-feira, quando enfrenta às 21h45 (de Brasília) o Jorge Wilstermann, na Bolívia, pela Copa Libertadores. Apesar da boa campanha na fase de grupos, o clube quer estender essa paz ao ambiente e evitar novos conflitos em estádios.
Uma semana depois da briga generalizada ao fim do jogo contra o Peñarol, em Montevidéu, a equipe volta a atuar pela competição otimista de que em Cochabamba terá condições melhores. O presidente do clube, Maurício Galiotte, viajou na última segunda-feira à sede da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), em Assunção, no Paraguai, para falar sobre os incidentes no Uruguai e manifestar preocupação com as condições de segurança na competição.
A briga no estádio Campeón del Siglo, há uma semana, mobilizou o clube a conversar com a entidade. Maurício Galiotte, junto com o vice-presidente, Antonino Jesse Ribeiro, e o advogado do Palmeiras, André Sica, esteve reunido durante uma hora com o presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez.
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O temor do Palmeiras é ter na competição outros episódios de violência, principalmente a partir da próxima fase, com os confrontos eliminatórios. Antes de Maurício Galiotte, o clube enviou na última sexta-feira outros representantes para falar sobre a briga.
Nesta data, advogados foram ao Paraguai para se antecipar ao início do trabalho do Tribunal de Disciplina da Conmebol para avaliar a briga em Montevidéu. O grupo levou fotos e vídeos com o intuito de mostrar que o Peñarol causou o tumulto. O caso está em análise. A Conmebol vai anunciar nesta sexta-feira as possíveis punições aos clubes.
O órgão responsável para julgar a aplicação das penas tem cinco auditores, mas o representante brasileiro não pode atuar pois o processo envolve um clube do próprio país. A punição será escolhida por integrantes da Venezuela, Chile, Argentina e Paraguai.
Mesmo antes do anúncio de punição ao clube, o conflito no Uruguai já afeta o Palmeiras pela punição preventiva do volante Felipe Melo, fora por três partidas. O substituto dela será Thiago Santos. "A briga já ficou para trás. Nem pensamos mais no Peñarol. Temos de pensar para frente. Vamos pensar no jogo, que é o mais importante para nós", disse o jogador.
O elenco chegou à Bolívia nesta terça-feira na hora do almoço e fez o último treino no local da partida, o estádio Félix Capriles. O principal temor é a altitude de 2,5 mil metros acima do nível do mar, onde o Jorge Wilstermann ganhou as duas partidas disputadas nesta fase de grupos.
O Palmeiras terá a comodidade de não precisar do resultado na Bolívia. Mesmo em caso de derrota, continuará líder do Grupo 5. "Viemos para jogar futebol e procurar ganhar. Vai ser um jogo de bastante pegada. Esperamos sair com a vitória, sempre respeitando o adversário. Trabalhamos bastante essa semana e estamos preparados", afirmou Thiago Santos.