Vai ser fora de campo, mas o Corinthians terá um representante de peso na Copa do Mundo da África do Sul. O presidente do clube, Andrés Sanchez, vai ser o chefe da delegação brasileira na competição, mantendo tradição de quase 40 anos - desde a Copa de 1974, com Antônio do Passo, ex-dirigente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), todos os contemplados para a função tinham de ser figuras de destaque no comando.
Nos Mundiais de 2002 e 2006, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) optou por dois presidentes de federações de grande importância política para a entidade - no Japão e na Coreia do Sul, coube a Weber Magalhães, de Brasília, representar a CBF. Na Alemanha, a tarefa ficou a cargo de Marco Polo Del Nero, até hoje o todo-poderoso da Federação Paulista de Futebol.
A escolha de Sanchez é uma prova de que o Corinthians está em alta na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na segunda-feira, votou em Kleber Leite na eleição vencida por Fábio Koff no Clube dos 13. Leite era o candidato que tinha o apoio de Ricardo Teixeira, presidente da CBF.
Leia mais:
Leila Pereira enfrenta Savério Orlandi por mais três anos à frente do Palmeiras
Flamengo de 2019 criou ídolos, formou treinador e virou parâmetro no Brasil
Palmeiras bate o pé e jogo contra Atlético-GO terá duas torcidas
Gaviões avança em negociação para criar vaquinha que visa quitar arena do Corinthians
Na África do Sul, Sanchez atuará como embaixador do futebol brasileiro, participando de atividades oficiais da Fifa e do Comitê Organizador do Mundial. Não vai ter nenhuma ingerência no dia a dia da comissão técnica e deverá tomar cuidado com as declarações públicas.
Na Copa das Confederações da África do Sul, no ano passado, a CBF afagou o presidente da Federação Paraense de Futebol, coronel Antonio Carlos Nunes, com o convite para o posto de chefe da delegação. Não se sabe se por falta de orientação, o dirigente causou um grande mal-estar entre a CBF e o Comitê Organizador do Mundial africano ao declarar que teria medo de levar a família para o evento, que vai começar em 11 de junho.
"Você não pode andar na rua depois das 18 horas que é assaltado", disse Nunes, então hospedado em Johannesburgo. No mesmo dia, o site da entidade divulgou um comunicado oficial no qual desautorizava o coronel e demais integrantes da comitiva brasileira a se manifestar sobre eventuais problemas da Copa.