A Federação Colombiana de Futebol surpreendeu nesta segunda-feira e anunciou o pedido de renúncia de seu presidente, Luis Bedoya. O agora ex-dirigente da entidade decidiu deixar o cargo e alegou "motivos de caráter pessoal", de acordo com comunicado divulgado pela própria FCF.
A entidade garantiu que o pedido de renúncia era "irrevogável". Além de presidente da federação nacional, Bedoya, de 56 anos de idade, acumulava as funções de vice-presidente da Conmebol e membro do comitê executivo da Fifa. Sobre estes cargos, não houve qualquer pronunciamento.
O colombiano não foi vinculado com as investigações de corrupção da Justiça dos Estados Unidos e da Suíça, que abalaram o mundo do futebol e resultaram na prisão de diversos dirigentes. No entanto, há poucas semanas foi citado pelo empresário argentino Alejandro Burzaco, que está detido nos EUA, acusado de pagar subornos a cartolas da modalidade.
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Ex-presidente da rede de tevê argentina Torneos y Competencias (TyC), Burzaco garantiu que Bedoya foi um dos dirigentes para quem pagou subornos para garantir os direitos de transmissão de alguns torneios. O colombiano respondeu à imprensa local. "Nem eu, nem a federação de futebol temos contato com Burzaco ou a TyC."
Ainda não está claro se a renúncia de Bedoya tem ligação com as acusações de Burzaco. No entanto, o próprio dirigente colombiano chegou a dizer há alguns meses que deixaria o cargo se houvesse motivo para isso. "Se tiver qualquer circunstância que faça com que eu tenha que sair, não hesitaria em nenhum momento."