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Imbróglio...

Presidente da Portuguesa renuncia antes de futuro do Canindé ser decidido

Agência Estado
11 out 2016 às 12:20

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- Reprodução
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Rebaixada para a Série D do Campeonato Brasileiro e com uma infinidade de problemas para lidar, a Portuguesa segue em crise interna. Nesta segunda-feira, o presidente José Luiz Ferreira de Almeida, no cargo há apenas seis meses, apresentou sua carta de renúncia. A decisão foi anunciada antes da importante reunião do Conselho de Orientação Fiscal (COF) que discutirá o futuro do Canindé.

Curiosamente, no mesmo encontro em que a Lusa vai tentar uma solução para não ver o estádio Oswaldo Teixeira Duarte ser leiloado, o clube pode alçar a presidente um neto de Oswaldo, Leandro Teixeira Duarte, presidente do Conselho Deliberativo e primeiro da linha sucessória, uma vez que Marcelo Carvalho, vice-presidente, também renunciou.

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Em carta, Ferreira afirmou que apresentou sua renúncia por "motivos óbvios". "Não tenho o direito de fazer com que os funcionários do clube passem por dificuldades, além das que já passam", argumentou. Os empregados reclamam três meses de salários atrasados.

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José Luiz Ferreira de Almeida foi aclamado como presidente do clube no final de abril, com mandato apenas até 31 de dezembro. Advogado e vice jurídico na gestão de Ilídio Lico, que renunciou em dezembro de 2015, ele assumiu um clube que estava sem presidente desde a renúncia de Jorge Manuel Gonçalves, em março.

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No dia que a Lusa foi rebaixada para a Série D, cerca de 40 torcedores invadiram a sala da presidência e causaram destruição. Eles seriam membros da Leões da Fabulosa, principal organizada da Portuguesa.


A Portuguesa vive o pior momento de sua história. O rebaixamento à Série D foi o quarto em três anos - três nacionais e um estadual. O clube acumula cerca de R$ 250 milhões em dívidas trabalhistas e, neste momento, busca evitar o leilão de parte do Canindé.

O clube está em um beco sem saída, porque, na Série D, não terá cota de televisão. Como ficou na Série A2 do Campeonato Paulista, também não receberá nenhum valor substancial para o primeiro semestre. Sem recursos, não teria como abater a dívida e, ao mesmo tempo, se manter.


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