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Suposta fraude

Presidente do América-SP diz ter recebido oferta de R$ 160 mil para perder jogo

Agência Estado
09 mar 2016 às 12:39

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- Reprodução
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O presidente do América de São José do Rio Preto, José Carlos Pereira Neto, afirmou à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que recebeu uma proposta de R$ 160 mil para que seu time perdesse uma partida para o Vocem, pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão do ano passado.

A oferta foi feita por uma pessoa que disse se chamar Edmilson e que representava clubes do Catar interessados em jogadores da equipe paulista. O cartola do clube do interior afirmou ter rechaçado a oferta e, depois disso, não foi mais procurado. O Vocem venceu aquela partida por 4 a 1.

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O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo investiga dois casos de suposto suborno para que equipes perdessem suas partidas a fim de beneficiar esquemas de apostas pelo mundo. Os clubes envolvidos são o América de São José de Rio Preto e o Grêmio Barueri. Os episódios teriam ocorridos em 2015, nas séries inferiores do futebol paulista. As denúncias foram publicadas pelo jornal Diário de S. Paulo na semana passada. As informações serão apuradas também pelo Ministério Público, com participação da Federação Paulista de Futebol e Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo.

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Pereira Neto recorda que o encontro ocorreu em julho de 2015 e que não deixou o suposto empresário falar com seus jogadores. "É assim que eles agem. Chegam de mansinho, dizendo ter interesse em contratar jogadores para serem atendidos. Aí, durante a conversa, fazem a oferta", relatou o presidente do América.


De acordo com ele, o "empresário" estava acompanhado com um homem com traços orientais, que ficou no carro enquanto ambos conversavam. Ao fim do encontro, o presidente foi até o carro e percebeu que o oriental estava com uma mala, onde se podia ver notas de euros.

O dirigente disse ter comunicado o fato à Federação Paulista de Futebol, já prestou depoimento à entidade sobre o assunto e prestará outro nos próximos dias. "A polícia e a Interpol precisam investigar. Eles têm como chegar nessas pessoas. O cara que conversou comigo, por exemplo, disse se chamar Edmilson. Mas eu sei lá se ele se chama mesmo Edmilson."


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