O presidente do Atlético Mineiro, Daniel Nepomuceno, alegou desgaste para justificar a demissão de Levir Culpi nesta quinta-feira. Sem dar detalhes sobre as causas da saída do treinador, o dirigente afirmou que este era o momento adequado para renovar a comissão técnica atleticana, visando a preparação para 2016.
"Teve um desgaste, não queria trocar o treinador no meio do ano, caso acontecesse alguma derrota. Para renovar tem que ser agora. Devido a tudo que aconteceu, achei melhor começar o ano com um novo treinador", disse o presidente, que surpreendeu ao encerrar a "novela" sobre a renovação de Levir.
Nepomuceno teve reunião com o treinador na noite de quarta e, nesta manhã, Levir fez um pronunciamento emocionado para anunciar sua saída. O técnico não vai nem comandar o time nas duas rodadas restantes do Brasileirão. Diogo Giacomini, da base, vai liderar a equipe nas partidas contra o Grêmio, domingo, e contra a Chapecoense, no dia 6 de dezembro.
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"A conversa que tive com o Levir foi boa, de amigos, principalmente por ser o técnico que comandou o Atlético por um longo período e por tudo que fez. Mas foi uma decisão minha, da diretoria", declarou o presidente. "O Levir cumpriu o contrato dele muito bem, o que pesou foi a renovação de ter um novo técnico para ficar os próximos dois anos comigo."
Nepomuceno afirmou que não tem nenhum nome fechado para comandar o Atlético e que ainda está em "conversas" com candidatos. No entanto, não negou que Muricy Ramalho é uma das possibilidades. "O Muricy é um grande nome, um dos poucos que está sem clube. Já declarou que irá voltar ao futebol. Mas o que tem agora são especulações", afirmou, sem descartar um técnico estrangeiro.
O dirigente admitiu ter pressa para anunciar um novo nome, mas evitou estabelecer prazo. "O prazo é quando as duas partes chegarem a um acordo. Agora a gente corre contra o tempo. Tem que correr e apresentar um projeto. Evidente que treinador tem que saber da grandeza do Atlético e estar disposto para o desafio de ser campeão", declarou.