A polêmica envolvendo o Gre-Nal do último domingo parece estar longe do fim. Um dia após o Grêmio divulgar as imagens do exame que comprovaram a fratura da mandíbula do atacante Miller Bolaños e até cogitar realizar um boletim de ocorrência contra William, o presidente do Internacional, Vittorio Piffero, se pronunciou sobre o incidente e classificou as reclamações do rival como "tititi".
"Aguardei uma manifestação dos dirigentes do Grêmio, um pedido de desculpas, que não seria ruim pelas atitudes de domingo. Ontem vimos foram outras declarações lamentáveis. Isso tudo é lamentável", reclamou o presidente do Inter, apontando as ações do Grêmio como uma "cortina de fumaça" para supostamente encobrir a incapacidade do time de superar o oponente em casa e às vésperas de um compromisso pela Copa Libertadores.
Para Piffero, o Grêmio é o responsável pelo incidente e por toda a polêmica, pois, na sua visão, os dirigentes do rival acirraram os ânimos dos jogadores antes do clássico com suas declarações, criando um clima ruim. "Se tem culpado, não é o Inter. Está na forma que o Grêmio se postou na semana inteira. Aliás, está na forma como a direção do Grêmio sempre tem se comportado antes do Gre-Nal", disse.
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O presidente do Inter também declarou duvidar da cronologia dos fatos apresentada pelo Grêmio. Para o rival, Bolaños fraturou a mandíbula após receber uma cotovelada de William logo aos três minutos do Gre-Nal do último domingo, que terminou empatado em 0 a 0. Para Piffero, porém, seria impossível o jogador equatoriano ter permanecido em campo até o fim do primeiro tempo com a fratura.
"Não é crível que um jogador que leva uma cotovelada com essa repercussão aos três minutos siga correndo até os 45. E que tenha chutado, driblado, cabeceado... Tentou cavar um pênalti aos 39, se jogando no chão. Será que não foi ali que ele provocou essa lesão? Não é possível que ele tenha corrido até os 46 e depois dizerem que ele estava completamente deformado no vestiário", afirmou.
Bolaños será operado na próxima quarta-feira e ficará afastado dos treinamentos por um período de 30 dias, tendo que fazer uma dieta líquida por até três semanas. O procurador do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul afirmou na última segunda-feira que William vai ser denunciado por agressão física.