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Under Armour

Presidente do São Paulo defende contrato com fornecedor de material esportivo

Agência Estado
02 jun 2015 às 22:07

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O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, defendeu nesta terça-feira (2) o assunto alvo de uma apuração interna no Conselho Deliberativo do clube. Para o dirigente, o pagamento de uma comissão no valor de R$ 18 milhões para o intermediário do contrato com a Under Armour é uma prática normal e afirmou que a iniciativa em apurar o procedimento tem motivação política.

Na última reunião do Conselho Deliberativo do clube, no fim de maio, o presidente do órgão, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, montou uma comissão formada por três pessoas para apurar detalhes dessa comissão. Segundo o dirigente, a montagem do grupo de trabalho se justifica pelo pagamento do 15% do valor do contrato ter como destino uma empresa localizada em Hong Kong, paraíso fiscal na Ásia.

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"Levamos uma briga, uma divergência política, daqueles que não concordam comigo, para fora do São Paulo. É isso que eu quero que acabe", disse Aidar, em entrevista à ESPN. "Dentro da minha transparência, levei o contrato para o Conselho Deliberativo e estou sendo acusado de ter tentado incomodar", afirmou.

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Em maio, o São Paulo começou o vínculo de cinco anos com a Under Armour para fornecimento de material esportivo. O contrato não chegou a ser aprovado pelo Conselho Deliberativo porque Leco retirou o item da pauta de votação para que pudesse ser apurado por uma comissão. Em até dois meses essa etapa deve ser concluída.


De acordo com Aidar, a comissão foi paga a um americano, que tem escritórios em Los Angeles, Nova York e Hong Kong. "Esta pessoa física indicou uma pessoa jurídica dele (para receber o pagamento), que tem empresa, registro no governo de Hong Kong, os documentos estão vindo todos e vão ser apresentados no momento oportuno", explicou. A empresa que receberá o valor de R$ 18 milhões se chama Far East Trading Global.

"A comissão é um processo normal, uma prática do São Paulo. A Under Armour não veio direto ao clube", defendeu o presidente. Aidar criticou o contrato anterior para fornecimento de material esportivo, assinado com a Penalty e firmado pelo seu antecessor e agora adversário político, Juvenal Juvêncio. O dirigente afirmou que o acordo também previa uma comissão de 15% do valor e o montante foi destinado a uma empresa cujo dono é um ex-funcionário do departamento de marketing do clube.


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