Mais uma pessoa envolvida na Máfia do Apito foi presa na manhã desta sexta-feira (01), em São Paulo.
O empresário Wanderlei Pololi é acusado de intermediar o contato entre árbitros e empresários no esquema de manipulação dos resultados de jogos dos Campeonatos Brasileiro e Paulista.
Pololi é o terceiro a ser preso, depois do juiz Edilson Pereira de Carvalho e do empresário Nagib Fayad. Os dois últimos foram soltos na noite de quarta-feira (28) após expirar o prazo de cinco dias da prisão temporária.
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O empresário teve seu nome citado no depoimento do árbitro Paulo José Danelon, que apesar de ter confessado participação no esquema de corrupção, não chegou a ser preso. Danelon disse que conheceu Pololi em um grupo de pessoas ligadas ao esporte em Piracicaba, em julho de 2004.
Propina de R$ 15 mil
A quadrilha que manipulava resultados de jogos dos Campeonatos Brasileiro e Paulista foi desbaratada no último final de semana. Juízes e árbitros manipulavam os resultados. Os nomes de dois dos juízes envolvidos já vieram à tona: Edilson Pereira de Carvalho, que pertende à Federação Internacional de Futebol (Fifa) e Paulo José Danelon, ligado à Federação Paulista de Futebol. Dois bandeiras, da mesma federação, também estão sendo investigados sob suspeita de participação no esquema. A quadrilha já teria lucrado mais de 1 milhão de reais.
Os empresários são donos de bingos em São Paulo e Piracicaba (no interior paulista). Eles acertavam os resultados com Carvalho e depois lucravam em apostas milionárias em sites de jogatina na internet. A existência e o funcionamento desses sites no Brasil são proibidos.
A polícia tem gravações telefônicas que mostram que Carvalho teria ''vendido'' ou tentando ''vender'' os resultados de muitas das 25 partidas que apitou desde janeiro deste ano, entre elas as copas Libertadores e Sul-Americana. O juiz receberia propinas que variavam de 10 a 15 mil reais por jogo.