Chamado para os jogos amistosos da seleção brasileira contra Estados Unidos e Costa Rica após o técnico Dunga ter sido forçado a realizar alguns cortes em função de lesões, o meia Rafinha Alcântara afirmou estar realizando um sonho. Em entrevista ao site oficial da CBF, ele garantiu que o seu desejo foi sempre defender o Brasil por uma "questão de identidade", embora tenha chegado a atuar pelas seleções de base da Espanha.
"Cheguei a jogar, sim, na sub-17 da Espanha, mas meu sonho sempre foi a Seleção Brasileira. É uma questão de identidade, Sempre, desde pequeno, passava as minhas férias no Rio de Janeiro, junto aos meus amigos, que são meus amigos até hoje. Tive a felicidade de assistir à conquista do pentacampeonato em 2002, no Rio, comemorei muito. Não tinha jeito: era o meu sonho e que está sendo realizado. Estou imensamente feliz", disse.
Em 2013, Rafinha optou por defender a seleção brasileira, sendo lembrado por Alexandre Gallo para o Campeonato Sul-Americano Sub-20. Assim, ele seguiu caminho diferente ao do irmão Thiago Alcântara - ambos são filhos do tetracampeão mundial e ex-jogador Mazinho -, que joga pela Espanha.
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"A CBF não tinha o procedimento de convocar jogadores de fora do país para as seleções de base. Como o meu irmão já tinha sido convocado para a base da Espanha, desistiu e assumiu e vez a seleção espanhola", comentou Rafinha, explicando a opção do seu irmão.
Ambos cresceram na Europa e se formaram nas divisões de base do Barcelona - Thiago defende atualmente o Bayern de Munique. Para Rafinha, essa experiência foi fundamental para o seu desenvolvimento como jogador.
"Acho que taticamente me acrescentou muito. Jogo no Barcelona desde os 13 anos, passei por todas as categorias da Escola Barcelona, onde o sistema de jogo é padronizado, então isso me permitiu evoluir, aprender muito, pois na Espanha dão muita importância à parte tática. Claro que o dom de jogar não vem da Europa, isso não se tira de ninguém, afinal comecei a jogar no meu País", afirmou.