O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez ataques ao Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quarta-feira, por conta de um estudo do órgão divulgado recentemente. O relatório diz que pelo menos quatro dos doze estádios da Copa do Mundo de 2014 - Natal, Manaus, Cuiabá e Brasília - virariam "elefantes brancos". Para Aldo, o tribunal não tem condições de fazer essa análise.
"O que é um elefante branco não é uma decisão de uma sentença", afirmou o ministro. "O tribunal é de contas, não de planejamento. Há entes mais preparados para debater isso", disse Rebelo, durante audiência pública na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados. Ele afirmou também que os gastos do governo relativos ao evento, de aeroportos a mobilidade urbana, devem ficar em cerca de R$ 30 bilhões.
O ministro minimizou ainda a preocupação da Fifa com as obras de Recife, candidata a sediar jogos da Copa das Confederações de 2013. Para Rebelo, as obras estão no ritmo adequado. Ao lado de Salvador, a capital pernambucana é uma das duas sedes que ainda depende de uma aprovação final para receber a competição
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"Essa decisão da Fifa não pode sofrer interferência do governo federal e do Ministério do Esporte. É uma decisão da Fifa. Quanto ao cronograma das obras no Estado de Pernambuco, as nossas informações constam de que as obras estão compatíveis com o calendário previsto", disse.
Durante a reunião, o momento de maior pressão sobre Aldo veio do deputado Romário (PSB-RJ), ex-jogador de futebol campeão da Copa de 1994. O atacante afirmou que as obras de mobilidade não ficarão prontas e que a Copa só será boa para as classes A e B. "A Copa é no Brasil, mas não é do povo brasileiro", disse o deputado. Rebelo não deu uma resposta direta, mas afirmou que o brasileiro fica feliz com a conquista de uma Copa mesmo se morar numa choupana ou em uma palafita.
Depois da visita do ministro ao Congresso, a Câmara deverá votar ainda na noite desta quarta-feira a Lei Geral da Copa, depois de intensas negociações com a oposição.