O presidente da comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa, deputado Renan Filho (PMDB-AL), classificou de "inadmissível" a declaração do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, de que o Brasil precisava de um "chute no traseiro" para acelerar os preparativos para o Mundial de 2014.
"Enquanto interlocutor da Fifa com o governo brasileiro, é inadmissível que o secretário-geral faça uso de expressões inconsequentes, deselegantes e de linguajar chulo, sem considerar as responsabilidades que essa relação e seu cargo exigem", disse o presidente da comissão em nota divulgada nesta segunda-feira. Renan Filho chamou ainda de "insultuosa, descuidada e inapropriada" a manifestação de Valcke.
Apesar do contra-ataque, o peemedebista afirmou estar mantida para terça-feira a sessão da comissão para a votação do projeto, como cobra a Fifa. Ele comentou que a comissão especial só começou a trabalhar no dia 19 de outubro de 2011 e que tem feito amplo debate sobre o projeto. "Apesar de árduo, o trabalho tem sido produtivo e célere".
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A declaração de Valcke tem provocado uma crise na relação do governo brasileiro com a entidade máxima do futebol. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que o Brasil não aceita mais o secretário-geral como interlocutor com a Fifa. Assessor da Presidência, Marco Aurélio Garcia foi além e chamou Valcke de "vagabundo". O secretário-geral da Fifa já classificou a reação brasileira como "infantil".