Depois de duas derrotas consecutivas, para Flamengo e Grêmio, o Santos se distanciou da liderança do Campeonato Brasileiro. Em terceiro lugar, atualmente está oito pontos atrás (45 a 37) do clube rubro-negro carioca, mas isso não é a maior das preocupações do técnico argentino Jorge Sampaoli neste momento. O que ele quer é a recuperação na partida contra o Fluminense, nesta quinta-feira, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, pela 21.ª rodada.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira no CT Rei Pelé, em Santos, o treinador evitou falar sobre a briga pelo título do Brasileirão e afirmou que tudo será definido "mais para frente". "Vamos definir mais adiante. Estivemos cinco pontos atrás do Palmeiras e depois cinco acima. Tudo muda de orientação. O grupo precisa superar esse momento, que também passou com Palmeiras e Flamengo", comentou.
Essa recuperação do Santos tentará ser buscada em um momento que o Brasileirão passará a ter jogos seguidos nos meios de semana. Sampaoli pede intensidade ao time nos jogos, já que o tempo para treinamentos será mais escasso a partir de agora.
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"Provocando que a intensidade tenha a ver com o jogo e nem tanto com os treinamentos. Insisto que quando jogamos com essa intensidade estamos preparados para jogar contra qualquer equipe Competimos com o Flamengo, um time superlativo, e poderíamos ter empatado em algum momento ou até ganhado. Competimos com Grêmio, fizeram gol que não mereciam, gerou ansiedade e descontrole. Resultado muitas vezes modifica a análise, é normal e parte da crítica. Estamos sempre sujeitos a isso", relatou.
Contra o Fluminense, Sampaoli reencontrará o meia Paulo Henrique Ganso, com quem trabalhou no Sevilla, na Espanha. "Trabalhei com ele, recomendei sua contratação e respeito muito seu jogo. Quando ele está comprometido, gera coisas diferentes. Sua chegada ao Brasil dá hierarquia ao torneio, pela capacidade. Fluminense não passa um bom momento, mas conta com um jogador capaz, que pode fazer um lance diferente a qualquer momento", disse.
O argentino aproveitou para condenar as críticas feitas a treinadores no Brasil e citou até Mano Menezes, atualmente no Palmeiras, que deixou o Cruzeiro muito pressionado. "Temos que fazer com que essa maneira de manifestar, para mim ridícula, que a cada semana muda a performance de um treinador. Respeito muito o Mano Menezes. Saiu do Cruzeiro sendo completamente criticado, deformando sua profissionalidade, e hoje é o grande líder do Palmeiras. Em uma semana muda tudo", afirmou.
"Não se crê em alguém, resultado muda tudo e torna alguém bom ou ruim. Há mais modificações do que do treinador em si. Que treinador é descartável e só é bom quando ganha e mal quando perde. Acaba sendo mais importante o roupeiro do que o treinador Treinador se vai sempre", completou Sampaoli.