A segunda geração mais vitoriosa do Santos pode repetir neste domingo, a partir das 16 horas, no Morumbi, o último grande feito do esquadrão de Pelé: conquistar o tricampeonato paulista - o terceiro da história do clube -, o que não acontecia há 43 anos. Como venceu o primeiro jogo das finais contra o Guarani por 3 a 0, no domingo passado, também no Morumbi, o time entra em campo com as duas mãos na taça e só deixará de fazer a festa se perder por quatro ou mais gols de diferença.
Depois de massacrar o Bolívar por 8 a 0 três dias atrás na Vila Belmiro, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, a nova máquina de fazer gols, comandada por Neymar, Paulo Henrique Ganso e Arouca quer fechar o Paulistão de 2012 com uma vitória marcante. Resta saber de quanto será.
Como Guarani e Ponte Preta passaram às semifinais do Estadual por descuido de Palmeiras e Corinthians, o caminho, que já era fácil, ficou totalmente livre para o Santos. Mas a taça fica, com justiça, para o time que vai ser tornando imbatível, candidato aos títulos de todas as competições que disputar e em atração por onde passa, em razão da força do seu conjunto e, principalmente, da arte de Neymar.
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Embora tenha usado um time alternativo, formado por reservas e jovens promessas da base, em cinco rodadas, o Santos sobrou na fase de classificação, somando 39 pontos dos 57 pontos disputados. Teve o melhor ataque, com 46 gols, quatro a frente do vice-líder, o São Paulo, que despachou nas semifinais, e 18 a mais que o líder Corinthians.
Do total dos 22 jogos disputados neste Paulistão, o Santos ganhou 15, empatou três e perdeu quatro, somando 48 dos 66 pontos, com aproveitamento de 72,73%. O time marcou 54 gols - média de 2,45 por jogo -, 18 dos quais de autoria de Neymar, o artilheiro do campeonato, e sofreu 18.
Com razão, o técnico do Guarani, Oswaldo Alvarez, rendeu-se à incontestável superioridade santista logo que o árbitro apitou o fim dos primeiros 90 minutos da decisão, ao admitir que o título já estava 99% ganho pela equipe da Vila Belmiro. Só faltou afirmar que para ser consagrado campeão o Santos só precisaria entrar em campo neste domingo, no Morumbi.
A maior dificuldade de Muricy Ramalho e os jogadores enfrentam desde domingo é tentar, nas entrevistas, convencer que o título ainda não é do Santos e que há o risco de a taça ir para Campinas. Alan Kardec, o escalado para dar entrevista na última sexta-feira, falou sobre um Guarani muito forte na marcação e que conta com atacantes velozes, habilidosos e, por isso, era cedo para fazer a festa.