O Santos fez sua parte neste domingo: venceu por 2 a 0 o Atlético-MG, no Estádio da Vila Belmiro, em Santos, e subiu na classificação do Campeonato Brasileiro após 15 rodadas: soma 21 pontos e fica, assim, mais perto dos primeiros colocados.
A equipe alvinegra paulista reforça, ainda, a boa fase na temporada, recheada de títulos e premiada com a permanência de Neymar no time. Ele, por sinal, fez o primeiro gol da boa e movimentada partida, com Danilo fechando o placar, ambos nos segundo tempo.
Por outro lado, a situação segue péssima para o Atlético-MG, que estaciona nos 13 pontos e na zona de rebaixamento. Ainda pode sair dela na próxima rodada, se vencer o Flamengo, na quinta-feira, às 21 horas. O ruim é que o jogo é novamente fora de sua casa, onde só conquistou um ponto até o momento, em sete jogos disputados.
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SUSTOS. Com chances para os dois lados, o placar poderia ter saído do zero. O Santos obrigou o goleiro Aranha (Fábio Costa não pôde jogar por exigência do contrato) a uma grande defesa quando Zezinho cabeceou a bola no chão, aos 10 minutos - a defesa afastou o rebote antes da chegada de Neymar. Depois disso, todas as jogadas santistas de ataque foram em chutes de fora da área para fora de campo.
Já o Atlético-MG fez o torcedor santista prender a respiração em três momentos: num chute forte de Diego Tardelli, de fora (aos 11 minutos), quando o atacante lançou Neto Berola, que invadiu a área sozinho e chutou na corrida, mas Rafael fez uma bela defesa, e quando o próprio goleiro santista, numa bola rolada, deu um drible no atacante e quase se enrolou, mas no fim se saiu bem.
O principal problema do time da casa é que teve dificuldades com o jogo rápido imposto pelos atleticanos. E, como consequência, começou a tomar cartões amarelos por faltas duras, típicas de quem quer parar o jogo. Até Paulo Henrique Ganso, reconhecidamente calmo, num chute com raiva numa bola que estava fora, em uma placa de publicidade, foi advertido.
ATAQUE. Com a intenção de fazer prevalecer o mando de campo, o técnico Dorival Júnior promoveu a estreia de Keirrison, colocando o atacante no intervalo. O time conseguiu aumentar sua produtividade no ataque e segurar melhor o Atlético-MG, mas não criava jogadas efetivas.
E conseguiu o gol em um lance duvidoso: Zezinho cruza a bola da esquerda e a bola bate no braço direito de Lima e o árbitro Héber Roberto Lopes marca pênalti. A dúvida que fica é sobre a intenção, pois o braço direito do defensor estava junto ao corpo. O argumento a favor de Lopes é que o atleticano impediu, com o braço, a sequência da jogada.
Na cobrança, Neymar, com chute forte no canto direito de Aranha - que acertou o canto, mas não no tempo necessário -, faz 1 a 0 para o Santos. Não inventou cavadinha e nem teve problemas com a péssima condição do campo na área (mais terra do que grama no meio).
Nos dez minutos seguintes o Atlético-MG conseguiu voltar a atacar, e teve três ótimas chances em sequência: a primeira com Tardelli quase ajeitando para Ricardinho chutar de fora (aos 24 minutos), uma bicicleta Diego Souza (26') e uma cabeçada forte de Lima em que o goleiro Rafael fez ótima defesa (27').
CONTRA-ATAQUE. Se sofreu a pressão, o Santos passou a explorar a velocidade no contra-ataque. Foi assim que, aos 34 minutos, Danilo foi lançado por Neymar e, sozinho pela esquerda, chutou na saída de Aranha - que falhou ao deixar a bola deixar passar por baixo da mão dele -, fazendo 2 a 0.
O Santos, agora, se prepara para a próxima partida, contra outro time com campanha ruim na Série A deste ano: o Grêmio, às 22 horas, no Estádio Olímpico.