O São Paulo anunciou na tarde desta quinta-feira a desistência da contratação do meia Valdivia. Em entrevista à Rádio Transamérica, o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro admitiu que conversou com o chileno, mas acabou não chegando a um consenso sobre a viabilidade do negócio. O Tricolor já não tinha muitas esperanças, pelo que teria de pagar para ter o agora ex-camisa 10 do Palmeiras.
"Antes, não existia essa ferocidade, esse nervosismo, relacionamento de um clube rival com outro. Por tudo isso, achamos por bem não continuar. Houve conversa, foi realizada, o técnico do São Paulo aprovou, porque o Valdivia é excelente jogador de futebol, provou na Copa América. Poderia vir sem prejudicar o Ganso, mas achamos por bem que não deveríamos continuar com isso. Eu me dou bem com Paulo Nobre (presidente do Palmeiras), o contrato dele acaba na segunda, e essa conversa surgiu nos últimos dez dias", disse Ataíde.
O dirigente também disse que não haveria problema com o contrato que Valdivia assinou com o Al Wahda (EAU) durante a Copa América. O acordo, de dois anos, prevê R$ 10 milhões anuais de salários ao meia chileno. Valdivia não comenta, mas o clube árabe exigiu sua apresentação no próximo dia 19. "Essa situação, o advogado dele primeiro mostrou para nós. Existe um pré-contrato, sem multa, com decisão unilateral de rescisão. Não havia problema com contrato lá fora. Nós deixamos, pesamos prós e contras e decidimos que não vamos continuar. Encerrei esse assunto há duas horas", afirmou Ataíde.
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Com o aval de Osorio, o São Paulo teve duas conversas com Valdivia. Desde o início, a negociação não empolgou, pela rejeição do atleta perante à torcida e interna, com próprios dirigentes do clube do Morumbi. O clube também escutou uma pedida acima do teto salarial estipulado para a próxima temporada, que é de R$ 300 mil. O meia tinha intenção de receber na casa de R$ 500 mil, algo próximo aos vencimentos de Luis Fabiano. As duas partes negam que o assunto salário entrou em pauta.