O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, convocou uma entrevista coletiva para esta sexta-feira no CT da Barra Funda. O dirigente anunciará o novo plano de gestão que visa profissionalizar o clube e a criação de um fundo de investimento para a captação de recursos como forma de sanar uma dívida de cerca de R$ 270 milhões, débito informado por Aidar.
Nesta quinta, o presidente comunicou seus vice-presidentes e diretores sobre a apresentação das medidas, mas não deu detalhes do que adotará. A tendência, como já era esperado, é que ele opte pelo modelo desenvolvido pelo Instituto Áquila, e não o do CEO Alexandre Bourgeois.
No mês passado, em reunião do Conselho Deliberativo, Bourgeois apresentou um modelo que criava um Conselho Administrativo e tirava do presidente a figura soberana ao qual ocupa hoje. As ideias foram reforçadas pelo empresário Abilio Diniz, padrinho do CEO no clube. Abilio discursou sobre as ideias e foi aplaudido no Conselho. Mas não deve ver seu plano implantado, pelo menos por enquanto.
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As mudanças mais consideráveis por ora devem ser a contratação de executivos profissionais para gerir cada área de atuação, como futebol, marketing, financeiro, social. Neste caso, assim como no plano de Abilio Diniz, a tendência é que os dirigentes de cargos estatutários, aqueles que não recebem salário, percam força.
Com a nova forma de gestão e um fundo de investimentos que visa arrecadar pelo menos R$ 100 milhões, o presidente Carlos Miguel Aidar tentará recuperar crédito na praça e renegociar as dívidas, principalmente bancária, responsável pelo maior rombo do clube atualmente. A crise financeira do São Paulo é tamanha que, internamente, há a perspectiva de que chegue a outubro sem dinheiro para honrar compromissos.
Confira abaixo o comunicado distribuído por Aidar a seus companheiros de diretoria:
"Apresentarei o PRÓ SÃO PAULO à coletividade são-paulina, ao mundo corporativo e empresarial, e à imprensa em geral. O projeto PRÓ SÃO PAULO traz temas relevantes para o futuro do Clube, tais como o plano de Governança Corporativa, o novo organograma da gestão, os mecanismos de compliance, o Fundo de Investimento em Direito Creditório – FIDIC, a contratação de uma importante empresa de auditoria externa, a nova estrutura executiva e os resultados apresentados após o primeiro ano de trabalho de diagnóstico e modelo de gestão desenvolvidos pelo Instituto Áquila.
Será, com a transparência que caracteriza esta gestão, também a demonstração numérica que estamos cumprindo as metas da minha Plataforma de campanha."