O São Paulo venceu o Cruzeiro por 1 a 0, neste domingo, no estádio do Morumbi, e diminuiu a distância para o G4 do Campeonato Brasileiro. Agora a equipe está a apenas dois pontos do Vasco (44 a 42), que empatou com a Ponte Preta. A tarde também foi marcada pela apresentação oficial do meia Paulo Henrique Ganso, que após muita negociação e polêmicas, veio do Santos por R$ 23,9 milhões, valor mais alto entre clubes brasileiros. Ele falou com a imprensa, entrou no gramado e foi muito aplaudido pela torcida. Durante a apresentação o presidente São-paulino Juvenal Juvêncio afirmou que Ganso não será o único reforço.
Não se sabe ainda quando o meia de 22 anos vai estrear. "O problema dele é médico, não é da presidência. Somos inteiramente partidários de que ele volte quando estiver totalmente pronto para jogar", disse Juvenal Juvêncio. A falta de criatividade que o São Paulo demonstrou durante parte do jogo mostra que ele será muito bem-vindo.
O jogo começou aberto, com o meia cruzeirense Montillo, que era dúvida antes do jogo, buscando a bola e tentando criar jogadas. Aos 14 minutos, ele recebeu de frente para o goleiro Rogério Ceni, que tirou a bola. A posse de bola era equivalente, mas até os 22 minutos o Cruzeiro arriscou mais, tentando tabelas e chutes da fora da área, já que o meio de campo do São Paulo não conseguia criar.
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Todas as jogadas do time paulista que levaram algum perigo foram com o atacante Oswaldo caindo pela esquerda. Ele conseguiu algumas faltas próximas da área e escanteios, mas a equipe não aproveitou as oportunidades. Um exemplo aconteceu aos 30 minutos, quando Osvaldo passou por dois, invadiu a área e cruzou para o meio, mas a zaga cruzeirense tirou. Faltou movimentação para o São Paulo, com Jadson e Lucas desaparecidos durante toda a primeira etapa.
A partir da metade da etapa inicial, os sistemas de marcação de ambas as equipes assumiram o controle da partida. Aos 44 minutos, o Cruzeiro teve grande azar. Os dois atacantes da equipe, Wellington Paulista e Wallyson, sentiram contusões ao mesmo tempo e tiveram que ser substituídos por Souza e Borges.
No segundo tempo, o São Paulo tentou voltar mais incisivo. Logo no começo, Cortez foi lançado na área e bateu em cima do goleiro Fábio. Mas a tarde não era mesmo do Cruzeiro. Aos 9 minutos, o técnico Celso Roth teve que gastar a sua última alteração para tirar Charles, também contundido, pelo jovem Lucas Silva.
O São Paulo continuou pressionando o adversário, que ficou todo atrás tentando eventuais contra-ataques. A falta de criatividade são-paulina persistia. Tanto que, aos 15 minutos, o técnico do São Paulo, Ney Franco, decidiu tentar mudar a situação. Ele colocou Ademílson no lugar de Willian José, totalmente apagado, e em seguida trocou Maicon por Wellington.
As alterações logo começaram a surtir efeito. Antes preso na marcação cruzeirense, o São Paulo apresentou maior movimentação. Instantes após entrar, Ademílson tabelou em velocidade com Lucas, recebeu a bola e, mesmo desequilibrado, chutou com perigo.
Aos 23 minutos, saiu o gol salvador. Lucas lançou na área, Fábio espalmou com pouca força e a bola sobrou pra Osvaldo cabecear para dentro das redes. Gol merecido do melhor jogador do São Paulo até então. Aos 25, Ademilson teve outra oportunidade, mas bateu para fora.
A partir daí, o Cruzeiro não demonstrou poder de reação. Mesmo atrás no placar, permitiu que o São Paulo dominasse até o fim. O resultado da partida foi selado aos 44, quando o jovem Lucas Silva puxou Casemiro pelo braço na entrada da área e foi punido com o cartão amarelo - o seu segundo, sendo expulso.
Com a derrota, o técnico Celso Roth continua com o cargo ameaçado. Esta é quinta rodada seguida sem vitória do Cruzeiro. A campanha irregular da equipe o deixa cada vez mais longe da zona de classificação à Libertadores, com 35 pontos.