O presidente Juvenal Juvêncio sempre evitou fazer grandes gastos quando o assunto é contratação. Mas toda regra tem sua exceção. E o mandatário são-paulino resolveu abrir o cofre do Morumbi para contratar o volante Guiñazu.
O argentino foi oferecido ao São Paulo pela Agência Ética depois de o agente Fifa Fabiano Ventura receber autorização do jogador para negociá-lo com um clube paulista. Guiñazu ficou insatisfeito por não ter sido valorizado pelo Internacional.
O namoro evolui naturalmente. Há tempos o São Paulo estava interessado no volante, mas nunca acreditou que ele pudesse deixar o Beira-Rio. De pronto, o clube paulista aceitou pagar um salário mensal de R$ 185 mil - ele recebe R$ 170 mil no Sul -, mais R$ 500 mil de bonificação pela assinatura do contrato de três anos e ainda US$ 1,4 milhão (R$ 2,5 milhões) para ressarcir o Internacional pela transferência.
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A alegação de Guiñazu é que seu vínculo se encerra em junho de 2010 e ele, mesmo insatisfeito pelo tratamento recebido do clube, não gostaria de sair sem que o Inter recebesse nada, já que, pela lei, ele pode assinar pré-contrato já em janeiro.
Os dirigentes do Internacional afirmam que, apesar de o Boletim Informático Diário (BID) da CBF indicar que o acordo vale apenas por mais seis meses, já existe um acordo até 2012. A justificativa é que um estrangeiro não pode ter um contrato de trabalho por mais de dois anos e, por isso, ele não foi registrado ainda.
Os responsáveis pela negociação negam a informação e dizem que tal contrato não existe e que Guiñazu está próximo de fechar com o São Paulo. Além disso, segundo eles, o Inter só está negando a transferência para mostrar aos seus torcedores que se esforça para segurar o volante. A perda do ídolo, no entanto, parece mesmo iminente.