O São Paulo conseguiu o seu maior objetivo em 2005. Com um gol de Mineiro, o Tricolor venceu o Liverpool (ING) por 1 a 0 neste domingo de manhã, em Yokohama, no Japão, e se tornou campeão mundial pela terceira vez em sua história.
O time é o único brasileiro a conseguir o feito, superando o bicampeão mundial Santos (62 e 63) e os campeões Flamengo (81), Grêmio (83) e Corinthians (2000). Ainda igualou-se a Peñarol e Nacional, do Uruguai, Boca Juniors (ARG), Real Madrid (ESP) e Milan (ITA) - únicos com três títulos.
A equipe do Morumbi é a mais vitoriosa do país neste ano. Além do Mundial, levou o Paulistão e a Libertadores. Só não ganhou a Sul-Americana e o Brasileirão, campeonato que colocou em segundo plano no segundo semestre para se preparar para a disputa do tri.
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A conquista, porém, foi sofrida. Assim como na semifinal do Mundial, contra o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, quando venceu por 3 a 2, na última quarta. O que fez com que o Tricolor fosse para a partida final como o azarão e os ingleses como favoritos.
Tanto para controlar o nervos como para apaziguar o ímpeto do Liverpool, o São Paulo iniciou o jogo tocando a bola. Em um primeiro momento, os erros foram mais freqüentes - assim como os chutões da defesa para o ataque. Depois, o time começou a acertar os passes.
Foi assim que o Tricolor quase abriu o placar aos 21 minutos do primeiro tempo. Amoroso recebeu de Fabão e tabelou na entrada da área com Aloísio. De costas para o gol, o atacante girou e se livrou da marcação de Hyypia e bateu forte - o primeiro lance de perigo da equipe brasileira.
Os ingleses, porém, se posicionavam em linha e deixavam os paulistas impedidos em um bom número de jogadas. Aos 26 da etapa inicial, no entanto, os campeões europeu erraram este posicionamento na defesa. Aloísio aproveitou para enfiar Mineiro. O volante marcou na saída do goleiro.
Mas após inaugurar o marcador, o São Paulo repetiu o erro da partida contra o Al-Ittihad e recuou. O Liverpool saiu mais para o jogo e começou a assustar o gol de Rogério Ceni. Sempre na bola aérea. O melhor lance neste tipo de jogada foi aos 28, quando Luís García acertou o travessão.
No segundo tempo, o Tricolor seguiu acuado em seu campo de defesa e aceitou a pressão. O que permitiu aos ingleses criarem - e desperdiçarem - boas oportunidades para marcar. Foi quando a estrela do goleiro Rogério Ceni começou a brilhar.
Ele salvou pelo menos três lances, espalmando três chutes perigososos. Um de Gerrard, em boa cobrança de falta, outro no cruzamento de Kewell, que beliscou a trave, e mais um no arremate de Luis García, de frente para a meta são-paulina.
O Tricolor ainda contou com os acertos da arbitragem. Ainda que um agressão de Morientes em Lugano não tenha sido marcada no primeiro tempo, o trio anulou corretamente de três gols: no impedimento de Luís Garcia, na cabeçada de Hyypia, porque no cruzamento a bola girou por fora e, no último, aos 42 minutos do segundo tempo, porque Sinama estava em condição irregular. Com o triunfo, o São Paulo acabou com uma invencibilidade de 11 jogos e sem tomar gols.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1 X 0 LIVERPOOL (ING)
Data-Hora: 18/12/2005, às 8h20min (horário de Brasília)
Local: Estádio Internacional de Yokohama, no Japão
Público: 66.821 pagantes
Árbitro: Benito Armando Archundia (MEX)
Assistentes: Hector Vergara (MEX) e Artur Velazquez (MEX)
Gols: 26'/1ºT - Mineiro (SAO);
Cartões amarelos: Lugano e Rogério Ceni (SAO)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Aloísio (Aloísio - 29'/2ºT).
Técnico: Paulo Autuori
LIVERPOOL: Reina, Finnan, Hyypia, Carragher e Warnock (Riise - 33'/2ºT); Sissoko (Sinama - 33'/2ºT), Xabi Alonso, Gerrard e Luis Garcia; Kewell e Morientes (Crouch - 39'/2ºT).
Técnico: Rafa Benítez