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Rumo ao Hexa

Seleção brasileira terá recorde de deslocamento na Rússia durante a Copa do Mundo

Agência Estado
26 mai 2018 às 08:09

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- Lucas Figueiredo/CBF
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A seleção brasileira embarca para Londres neste domingo a fim de iniciar um ritual comum nesta Copa do Mundo: viajar de avião. A imensidão do território russo e a infelicidade no sorteio das chaves, realizado em dezembro passado, vão levar a equipe do técnico Tite a ter o maior deslocamento do time brasileiro na história durante a primeira fase da competição.

De Sochi, no sul da Rússia, onde a seleção vai ficar concentrada, até os três compromissos da fase de grupos, as viagens vão passar de 7,3 mil km, cerca de 400 km a mais do que a distância percorrida pela equipe de Felipão na Copa passada, quando precisou sair de Teresópolis (RJ) para compromissos em São Paulo, Fortaleza e Brasília.

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Os comandados de Tite devem passar no ar cerca de 12 horas entre idas e voltas dentro da Rússia (em voos fretados) para os compromissos contra Suíça, Costa Rica e Sérvia. Dos 32 países participantes, a seleção brasileira será a quinta com mais quilômetros percorridos ao fim da etapa inicial. A Polônia, que também escolheu Sochi como base, será a recordista de deslocamentos. O time do centroavante Robert Lewandowski acumulará cerca de 9,9 mil quilômetros em viagens.

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O Brasil, assim como a maioria das outras seleções da Copa, definiu a sede dos treinamentos no ano passado, antes da definição dos grupos e da tabela do torneio. A CBF quis se antecipar para ficar em um local com condições adequadas às necessidades da comissão de Tite.

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O técnico queria unir estrutura, privacidade e boas condições de deslocamento. Por isso, ainda no ano passado, a comissão encontrou em Sochi uma opção ideal. Entre os benefícios estão um hotel ao lado do campo de trabalho, o ambiente tranquilo de uma cidade de 350 mil habitantes com uma temperatura média de cerca de 25º C no mês de junho.


O problema foi a definição das chaves não ajudar o Brasil. Faltou combinar com os russos. Ao cair no Grupo E, a seleção passou a ter uma tabela com jogos distantes e sem a sorte de poder atuar na própria cidade. Tite reclamou. "Nós gostaríamos de jogar em Sochi. A prioridade que se estabeleceu foi ter uma logística boa. Essa variável seria por sorteio. Não tínhamos condições de assegurar", comentou o treinador depois do sorteio de dezembro.

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A região de Moscou foi a preferida das seleções na hora de escolher o local de preparação. Por ter como vantagem logística a existência de três aeroportos, a localidade será a casa de 11 equipes, entre elas Argentina, Portugal, França e Alemanha.


ORGANIZAÇÃO - As seleções passaram a se preocupar com as viagens nas Copas apenas em edições recentes. Até 1994, por exemplo, os times costumavam jogar no mesmo estádio duas das três partidas da fase inicial. Como sempre foi cabeça de chave, o Brasil desfrutou de comodidades. Na Itália, em 1990, por exemplo, não precisou viajar e fez os jogos da campanha em Turim, assim como em 1986, no México, quando jogou as cinco vezes em Guadalajara.

A Fifa alterou o formato a partir de 1998, na França, quando a Copa passou a ter 32 seleções em vez das 24 presentes nas quatro edições anteriores. Então, todos os participantes precisavam viajar na primeira fase, sem ter uma sede fixa. O Brasil teve sorte em 2010, na África do Sul, pois se concentrou em Johannesburgo, cidade com dois estádios na Copa. A seleção jogou em ambos na fase de grupos.


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