O técnico Abel Braga tem mais problemas do que esperava para armar o Fluminense para o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, domingo, contra o Botafogo. O meia Thiago Neves teve confirmado um estiramento do ligamento do tornozelo esquerdo, o volante Valencia continua com dores na coxa direita e o zagueiro Anderson sofreu um estiramento na coxa direita.
A participação do trio contra o Botafogo não está descartada por enquanto, mas o médico tricolor Douglas Santos reconhece que o pouco tempo de recuperação até a partida é um complicador. "Amanhã (sexta) vamos ter uma posição melhor, ver se eles conseguirão treinar. O Thiago apresentou boa melhora no local, com menos inchaço. Temos dois dias", disse Santos.
Thiago Neves, Anderson e Valencia não participaram do coletivo comandado por Abel, nesta tarde, nas Laranjeiras. Ocasião que o treinador utilizou para testar provável formação para o clássico de domingo.
A surpresa foi ver o jovem Marcos Junior, de apenas 19 anos, o escolhido para substituir Thiago Neves e formar trio ofensivo com Fred e Rafael Sóbis, este último que já atua em lugar do vetado Wellington Nem.
Lanzini e Wagner eram candidatos à vaga, mas a cada treino e a cada jogo parece que os dois não estão definitivamente nas graças do treinador, que os tem preterido sempre que aprece uma oportunidade.
Na zaga, Leandro Euzébio, barrado por questões técnicas do primeiro confronto com o Internacional, pela Libertadores, há uma semana, deve ganhar nova chance, ao lado de Gum. A dupla de volantes vai ser formada por Edinho e Jean. Diguinho também está fora por causa de lesão.
"Todos esses jogadores fazem muita falta a qualquer equipe, mas nosso time tem muitas opções de qualidade para todas as posições", comentou o goleiro Diego Cavalieri. "Quem entrar vai manter o bom nível".
Além dos desfalques, o Flu se preocupa com outro fator: os gandulas do Engenhão, que ganharam fama quando uma delas contribuiu decisivamente para um gol botafoguense sobre o Vasco, na semifinal do último domingo.
Em reunião de rotina na Federação Carioca, quarta-feira, para discutir detalhes da partida decisiva, o diretor executivo do Fluminense, Rodrigo Caetano, destacou a importância de que o trabalho de reposição de bola seja igual para os dois times.
"Essa história já tomou uma proporção maior do que deveria. Queremos apenas que os jogadores dentro de campo decidam o jogo. Não pode haver favorecimento apenas para uma das equipes", disse o dirigente.