No dia em que a Fifa anunciou as seis sedes da Copa das Confederações, o Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou um diagnóstico preocupante das obras da Copa de 2014. Diante disso, o tribunal sugeriu ao governo que, diante da ineficiência na execução dos investimentos, retire empreendimentos da matriz de responsabilidades.
Segundo auditoria do órgão, das 44 obras de mobilidade financiadas pela Caixa, 38 não tiveram nenhum desembolso por ora. Muitas não tiveram os empréstimos sequer contratados. Parte tem sido tocada apenas com recursos de Estados e municípios, correndo o risco de ficar pela metade, caso os trâmites dos financiamentos não se concretizem. Nada menos que 35% têm data de entrega prevista para maio ou junho de 2014, às vésperas do evento.
Em seu voto, o relator dos processos de acompanhamento da Copa, ministro Valmir Campelo, sugere que o governo reestude e retire alguns investimentos da matriz de responsabilidades, tendo em vista a perspectiva de que não sejam inauguradas a tempo. "Que o Ministério do Esporte reveja e, se for o caso, assuma o ônus político", afirma.
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Segundo Campelo, o governo anunciou como preocupante a situação de apenas cinco obras. Porém, o Ministério das Cidades, responsável pelo acompanhamento dos projetos de mobilidade, tem falhado na fiscalização e no acompanhamento, fiando-se apenas em informações prestadas por Estados e municípios, sem vistoriar os serviços in loco.
Campelo classificou de inquietante a situação dos aeroportos, principalmente em Viracopos e Guarulhos, cujas principais obras têm previsão de entrega para 2014, às vésperas da Copa. Em Confins, a licitação para a reforma da pista fracassou.
A situação não é diferente no caso dos portos. No Rio, principal porta de entrada de turistas do País, os píeres de atracação de navios de passageiros não ficarão prontos. Em Santos, as obras só vão ser entregues depois do evento, conforme a previsão oficial da Secretaria Especial de Portos (SEP). Em acórdão aprovado nesta quarta, o TCU cobra providências ao órgão.