Os treinadores dos principais clubes do futebol europeu defenderam nesta quinta-feira que a Liga Europa continue a ser disputada após a temporada 2014/2015. Há sugestões de que a competição ficaria ameaçada em três anos, quando os atuais contratos de televisão se encerram. Esta proposta permitiria que a Liga dos Campeões da Europa passasse de 32 para 64 participantes na fase de grupos.
"Eu acredito que a nova Liga Europa está melhorando de ano para ano e você tem que dar tempo", disse o técnico Arsène Wenger, nesta quinta-feira, após uma reunião de dois dias organizada pela Uefa com treinadores dos clubes da elite do futebol europeu, que também contou com a presença de José Mourinho, do Real Madrid, e Carlo Ancelotti, do Paris Saint-Germain.
Diretor-técnico da Uefa, Andy Roxburgh, disse que os treinadores concordaram que o futebol europeu precisa das duas competições de clubes. "Se só tivermos uma competição, nós não sentiríamos um forte ambiente", disse o dirigente, avaliando que a distribuição de vagas através dos torneios nacionais mantém o interesse no esporte.
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Wenger lembrou que a Uefa chegou a organizar três competições europeias ao mesmo tempo em uma temporada - Copa dos Campeões, Copa da Uefa e Recopa. Além disso, o treinador do Arsenal garantiu que a Liga Europa apresenta futebol de alto nível. "Você viu o nível do Atlético de Madrid na Supercopa", disse, em referência ao triunfo do campeão da Liga Europa por 4 a 1 sobre o Chelsea, vencedor da última Liga dos Campeões, na última sexta-feira.
Ainda assim, o faturamento dos clubes na Liga dos Campeões é bem maior do que na Liga Europa. Na última temporada, o Chelsea recolheu 59 milhões de euros, enquanto o Atlético de Madrid recebeu apenas 10,5 milhões de euros. "A Liga dos Campeões é a competição de referência (do futebol mundial)", disse Roxburgh, que avisou que a Uefa vai discutir possíveis alterações nas competições de clubes e "examiná-las com mais detalhes".