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Andrade ou Citadini?

Timão terá novo presidente neste sábado

LANCEPRESS
07 fev 2015 às 10:29

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O Corinthians elege neste sábado seu novo presidente, que comandará o clube até fevereiro de 2018. Concorrem ao pleito dois candidatos: Roberto de Andrade, da chapa da situação "Renovação e Transparência", grupo que está à frente do poder do clube desde outubro de 2007; e Antonio Roque Citadini, da chapa de oposição "Pró-Corinthians".

A perspectiva é de uma das eleições mais acirradas da história do clube. Como mostra o LANCE!Net em reportagens desde o fim do ano passado, o quadro político conturbado no clube é evidente. O atual mandatário, Mário Gobbi Filho, rachou com o ex-presidente Andrés Sanchez e Roberto de Andrade, que foi seu diretor de futebol. Luis Paulo Rosenberg, um dos vices de Gobbi e homem forte do departamento de marketing na gestão de Andrés, afastou-se do cargo desde o fim de 2012. Agora, apoia Antonio Roque Citadini.

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Candidatura impugnada
Além de Andrade e Citadini, Ilmar Schiavenato também havia se candidatado à presidência do clube. O registro de sua chapa, porém, foi impugnado porque o documento continha assinaturas falsas e nomes duplicados de candidatos ao Conselho, que também estavam nas chapas dos adversários. Além disso, seu vice, Moacir Vieira, não poderia concorrer ao cargo. Schiavenato era diretor social na gestão de Gobbi.

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ELEIÇÃO EM DETALHES:

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Horário: 9h às 17h


Local: ginásio do Parque São Jorge

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Os cargos: pleito elegerá presidente, vice-presidentes, 200 conselheiros trienais e mais 50 suplentes até fevereiro de 2018.


Os votantes: ao todo, 11.826 associados terão direito a voto. A lista dos sócios aptos a votação foi fechada no último dia 7 de dezembro. Só poderão votar ou serem votados os associados que estavam em dia com suas mensalidades até novembro.

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Tipo de votação: Urnas eletrônicas (em caso de problema, as mesmas serão substituídas por papel).


Os candidatos: pela situação: Roberto de Andrade (presidente), André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão, e Jorge Kalil, como vices; pela oposição: Antonio Roque Citadini (presidente), Osmar Stábile e Emerson Piovesan, como vices.

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QUEM É ELE...
NOME: Roberto de Andrade Souza.
CHAPA: "Renovação e Transparência", número 10. Tem como candidatos a vice André Luiz de Oliveira, o André Negão, e Jorge Kalil. É a chapa que está no poder desde outubro de 2007, com Andrés Sanchez e Mário Gobbi Filho.
NO CLUBE: É conselheiro vitalício. Foi vice de Andrés Sanchez desde o pleito de 2009 e assumiu o departamento de futebol como diretor no fim de 2010, dando sequência ao trabalho na gestão de Gobbi, ao lado de Duílio Monteiro Alves. Afastou-se em fevereiro do ano passado para cuidar da candidatura presidencial.


QUEM É ELE...
NOME: Antonio Roque Citadini.
CHAPA: "Pró-Corinthians", número 11. Tem como candidatos a vice Osmar Stábile, derrotado nas eleições de 2007 e 2009, e Emerson Piovezan.
NO CLUBE: É conselheiro vitalício. Teve o período de maior destaque no Corinthians entre o fim da década de 1990 e meados dos anos 2000, quando atuou no departamento de futebol como diretor, na gestão do então presidente Alberto Dualib – e também com a parceria com o fundo de investimento norte-americano Hicks Muse Tate & Furst.

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QUESTÕES A SEREM RESOLVIDAS:


CORTE DE GASTOS:
O Corinthians encontra-se em situação econômica delicada, segundo palavras do próprio diretor de finanças, Raul Corrêa da Silva. No ano passado, o endividamento aumentou cerca de R$ 120 milhões e chegou a R$ 313,5 milhões, conforme balancete de 31 de dezembro. Após gastos excessivos com contratações, como Alexandre Pato em 2013 – que custou R$ 40 milhões aos cofres alvinegros – a política para este ano será de contenção. No orçamento para a temporada, estão previstos apenas R$ 10 milhões para contratações. O valor, claro, pode aumentar dependendo do acordo ou eventual ajuda com patrocínio. No fim do ano passado, a diretoria admitiu atraso de pagamento de direito de imagens de alguns atletas e também premiações por títulos.

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ARENA CORINTHIANS:
A missão do próximo presidente também será começar a amortizar a dívida da Arena Corinthians. A partir de julho, o clube terá de pagar R$ 5 milhões mensais para quitar a dívida de R$ 400 milhões com o BNDES. Toda arrecadação com o novo estádio vai para o Fundo de Investimento Imobiliário – FII, administrado pela Odebrecht e Caixa. Quando atingir R$ 90 milhões de "crédito", os lucros começam a ser divididos entre clube e fundo. O Timão ainda deve mais R$ 350 milhões, referentes a débitos com a Fifa e juros por conta de atraso de obras. Desde o fim de 2011, o clube negocia a venda dos naming rights da Arena. Ainda são pedidos R$ 400 milhões – R$ 20 milhões por concessão de 20 anos. Outras fontes de renda serão venda de camarotes e eventos.


GUERRERO:
Perder o principal jogador do elenco e ídolo da torcida ou fazer uma loucura financeira para mantê-lo? Esta será a encruzilhada do novo mandatário alvinegro. Desde o fim do ano passado, Guerrero negocia sua renovação de contrato, que acaba em 15 de julho deste ano – antes da semifinal da Copa Libertadores. Para assinar o novo acordo, por mais três anos, o camisa 9 quer luvas de cerca de R$ 18 milhões. Por diversas vezes, afirmou que o pedido estava dentro da realidade do clube que, segundo palavras do próprio, já havia investido em atletas que não deram certo. Nas primeiras conversas, o Timão chegou a no máximo R$ 10 milhões e propunha aumentar o valor com ações de marketing. E o jogador repete que tem o desejo de voltar para o futebol da Europa.

CT DA BASE:
Principal bandeira de Mário Gobbi Filho ao assumir a presidência, em fevereiro de 2012, o CT da base não foi concluído em sua gestão. A ideia do departamento amador é iniciar a utilização do CT Ronaldo Luís Nazário de Lima em março deste ano. Nesta época, estarão prontos os três campos do local, anexo ao CT Joaquim Grava. Para a instalação dos gramados, são previstos gastos de R$ 1,5 milhão – valor que hoje não há em caixa para tal investimento. A previsão de conclusão das obras do hotel do CT é apenas para dezembro. O custo total das obras será em torno de R$ 43 milhões, mas os recursos serão captados através da Lei do Incentivo ao Esporte. Em 2014, a base conquistou oito títulos em diferentes categorias. Neste ano, o Timão já venceu a Copinha.


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