O Beitar Jerusalém, quarto colocado do Campeonato Israelense, apresentou nesta quarta-feira os seus dois reforços muçulmanos, o atacante Zaur Sadaev e o zagueiro Gabriel Kadiev, ambos nascidos na Rússia. As duas contratações causaram grande polêmica em Israel, envolvendo até o presidente Simón Peres.
Isso porque o Beitar Jerusalém tem uma tradição de não contratar jogadores árabes ou muçulmanos. Mas o presidente do clube decidiu acabar com o preconceito e acertar com os dois garotos, um de 19 outro de 23 anos. No domingo, enquanto a equipe enfrentava o Bnei Yehuda, parte da torcida protestou contra as contratações, fazendo uso de faixas e cânticos preconceituosos.
O presidente de Israel, Simón Peres, logo se pronunciou, pedindo à Federação Israelense que tomasse medidas duras contra o racismo. O Beitar Jerusalém foi multado em cerca de 13 mil dólares e também recebeu como punição o fechamento de um setor de sete mil lugares do seu estádio, onde ficam os torcedores mais radicais.
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Mostrando-se firme na decisão, o Beitar não desistiu dos reforços, apresentados nesta quarta-feira, numa rápida entrevista coletiva que contou inclusive com o prefeito de Jerusalém. "Eu vou conquistar os torcedores com o meu futebol", garantiu Sadaev.