A indefinição da equipe titular do Coritiba está provocando batalhas entre jogadores nos treinamentos sem que o técnico Ivo Wortman interfira e coloque um ponto final nas disputas por uma vaga. Felizmente até o momento nenhum atleta se machucou, mas se a violência continuar logo o Departamento Médico (DM) do alviverde pode se transformar numa enfermaria.
Os jogadores mais visados nos coletivos são: o artilheiro Marquinhos e o meia Alexandre. Os xerifes são: o zagueiro Picoli e o meia improvisado na lateral, Paulo Foiani. A fama da dupla ultrapassa fronteiras. Durante o coletivo de ontem, no Centro de Treinamentos da Graciosa, no Atuba, Marquinhos se revoltou com uma puxada do zagueiro Picoli e não economizou palavrões depois da jogada. Picoli nem deu bola das reclamações do atacante, evitando uma discussão. Já com Alexandre aconteceu de tudo: de chutes na canela até mesmo carrinhos punidos pelos árbitros com cartão.
Wortman promete definir o onze somente após a liberação de Fabinho do DM, que deve acontecer na próxima semana, e deixa claro a sua política: "titularidade não vem por decreto". Para o jogo de amanhã, contra o Figueirense, no Estádio Couto Pereira, o time vai ser definido somente após o coletivo apronto desta manhã.
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Patrício disputa a lateral direita com Felipe Alvim. "Estou avaliando os dados do adversário para definir se começo a partida com um lateral marcador ou com um lateral com mais poder ofensivo", explica o técnico alviverde. Sem Reginaldo Nascimento, que teve uma convulsão após um choque na partida contra o Rio Branco, no sábado passado, a tendência do treinador é improvisar Alexandre de volante.
O goleiro Ney está empolgado com a campanha do Coritiba neste início de temporada. Nas duas partidas em que atuou, ajudou o clube a conquistar vitórias sobre o América-MG e o Rio Branco. "Nossa equipe vem se assentando em campo. A experiência de alguns atletas vem sendo fundamental. O acerto acontece até mesmo quando entram atletas que estão no banco de reservas.
Djames será poupado, por sentir uma fisgada na coxa direita, deve jogar contra o Figueirense. O meia espera participar dos trabalhos no Couto Pereira para garantir sua vaga na equipe e descarta que esteja nervoso por ter errado um pênalti no último sábado. "Fiz um trabalho de recuperação e hoje espero participar do treino apronto. Preciso mostrar para torcida coritibana que o pênalti que perdi foi uma fatalidade".
A semana do Coritiba vai ser pesada. Além do Figueirense amanhã, no próximo domingo há um compromisso pelo Campeonato Paranaense, em Francisco Beltrão, no Estádio Jaime Zandonai, o Anilado. Os jogadores não gostaram de saber que viajarão 18 horas no final de semana e que na quarta, dia 7, pegam novamente o time catarinense, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. "Estamos participando de duas competições simultâneas o que propicia esses problemas", avalia o atacante Da Silva.
A diretoria coritibana está feliz com a resposta de público no Campeonato Paranaense. Pela segunda rodada consecutiva o maior público da competição é do alviverde. Na primeira rodaada, contra o Prudentópolis, 7.099 pessoas assistiram o encontro e no último sábado, contra o Rio Branco, 8.526 espectadores compareceram ao Estádio Couto Pereira, em Curitiba.
O médico Lúcio Ernlud está de volta ao Alto da Glória, desta vez como coordenador médico. Especialista em ortopedia pela Universidade Federal do Paraná e em cirurgia de joelho e ombro pela Universidade de Pitsburgh, na Pensilvânia, EUA, o retorno acontece seis meses depois de se afastar após uma polêmica envolvendo a operação do centroavante Cléber, hoje na Portuguesa.