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Tribunal suspende greve e confirma disputa das duas rodadas finais do Espanhol

Agência Estado
14 mai 2015 às 13:49

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- Reprodução
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O Tribunal Nacional da Espanha suspendeu nesta quinta-feira uma greve, que estava programada para acontecer nas duas rodadas finais desta temporada europeia, e confirmou que as duas últimas rodadas do Campeonato Espanhol, marcadas para os dois próximos finais de semana, serão disputadas normalmente.

Convocada pelo sindicato dos jogadores, a greve não foi aceita pelo tribunal local, que acatou o pedido da liga que organiza a competição de suspender de forma temporária a paralisação por tempo indeterminado que estava agendada para começar neste sábado.

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A suspensão da greve, entretanto, foi condicionada ao pagamento de 5 milhões de euros até as 15 horas (do horário local) por parte da liga que organiza o Campeonato Espanhol. No caso, o pagamento foi ordenado após o sindicato, que tem o apoio da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), protestar contra uma proposta de lei do governo que propõe a regulação das receitas pelas transmissões de TV.

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Se a lei fosse aprovada, a venda dos direitos televisivos seria centralizada e, supostamente, as equipes da primeira divisão ficariam com a maior parte da receita. E, reprovada pelos atletas, essa lei motivaria a greve que inicialmente estava programada para acontecer neste sábado.

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A greve, se ocorresse, afetaria as duas últimas rodadas do Campeonato Espanhol e também a decisão da Copa do Rei, em 30 de maio, entre Barcelona e Athletic Bilbao. O time catalão, por sua vez, terá a chance de se sagrar campeão nacional neste domingo se derrotar o Atlético de Madrid, fora de casa, na penúltima rodada da principal competição do país.


Líder do Campeonato Espanhol, o Barça tem quatro pontos de vantagem sobre o vice-líder Real Madrid. Com isso, precisa fazer ao menos três pontos nas duas últimas rodadas para ser campeão sem depender dos resultados do seu arquirrival.

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Ao anunciar a sua sentença nesta quinta-feira, o juiz Ricardo Bodas Matin disse que decidiu suspender temporariamente a greve porque "ela iria provocar uma grande desordem organizacional que seria difícil de ser resolvida", tendo em vista o fato de que a temporada europeia está acabando. A greve também seria muito prejudicial ao Barcelona, que, além de poder ser campeão nacional e da Copa do Rei, disputará, em 6 de junho, em Berlim, a final da Liga dos Campeões diante da Juventus.


Bodas Matin ainda acrescentou em sua sentença que a decisão desta quinta-feira foi "provisória" e "poderá ser modificada" quando o tribunal voltar a estudar as razões para o sindicato reivindicar a greve. A suspensão da mesma, por sinal, ocorreu depois que representantes dos 42 times que compõem a primeira e a segunda divisões da Espanha realizaram uma reunião de emergência na última segunda-feira e defenderam a continuidade do torneio nacional.


Antes disso, a RFEF também chegou a anunciar a suspensão de todos os jogos do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei a partir de 16 de maio, mas depois teve de recuar com a pressão dos clubes pela continuidade das competições.

Atualmente, cada equipe negocia individualmente a sua cota de TV. O governo e liga argumentam que a nova lei levaria a uma divisão mais equitativa das receitas, assim ajudando outros clubes, além dos poderosos Real Madrid e Barcelona, a receberem mais dinheiro. O sindicato dos jogadores, por sua vez, afirma que apoia o espírito geral da lei, mas decidiu pela greve porque quer mais dinheiro para as divisões inferiores. A proposta de lei iria destinar 90% das receitas para a primeira divisão do futebol espanhol.


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