A Uefa anunciou nesta terça-feira que intensificará as suas investigações contra supostos cantos racistas ocorridos contra o italiano Mario Balotelli e o checo Theodor Gebre Selassie, que são negros, nas respectivas estreias de seus países nesta Eurocopa, contra a Espanha e Rússia.
A entidade que dirige o futebol europeu informou que recebeu novos relatos sobre o caso e "agora está conduzindo novas investigações". Porém, o porta-voz da Uefa, Rob Faulkner, disse a repórteres nesta terça que "nenhum procedimento disciplinar foi aberto até agora" em relação a este caso.
A Uefa prometeu tolerância zero contra o racismo nesta edição da Eurocopa, que está sendo realizada na Ucrânia e na Polônia, mas ressaltou que precisa de evidências claras antes de julgar os casos por meio de seus tribunais.
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Um grupo de torcedores espanhóis reconheceu nesta segunda-feira que "cerca de 200 torcedores" imitaram o som de macacos para insultar Balotelli durante o duelo entre Espanha e Itália, realizado no último domingo, em Gdansk, na Polônia.
Porta-voz da Uefa, Faulkner também afirmou que buscará evidências com dirigentes da seleção da República Checa a respeito de cantos racistas direcionados por torcedores russos a Gebre Selassie no duelo disputado na última sexta-feira, em Wroclaw, também em solo polonês, onde os dois países estrearam nesta Eurocopa.
O jogador checo admitiu que sofreu abuso racial no duelo, mas se recusou a registrar uma reclamação junto à Uefa. "Não foi nada extremo. Eu já tive experiências muito piores", disse o atleta de 25 anos, cujo pai nasceu na Etiópia.
Dirigentes italianos também não emitiram uma reclamação formal à Uefa contra os supostos abusos raciais dirigidos a Balotelli. Antes do início da competição, o polêmico jogador do Manchester City, que é filho de pais ganeses, prometeu que deixaria o gramado se fosse vítima de atos racistas nesta Eurocopa, mas acabou saindo do campo apenas por ter sido substituído pelo técnico Cesar Prandelli no segundo tempo do duelo entre italianos e espanhóis.