Nem o gol marcado na sua reestreia, na vitória de 2 a 1 sobre o Barueri, no último sábado, foi capaz de selar de vez a paz entre a torcida do Palmeiras e o atacante Vágner Love. A opinião é do próprio jogador, que ainda espera dar muitas alegrias ao time que o revelou.
"Agora está começando um novo namoro, estamos nos reconciliando. A relação ainda não está 100%", disse Vágner Love, em entrevista à Rádio Bandeirantes. A desconfiança a que o atacante se refere diz respeito às negociações iniciadas com o arquirrival Corinthians, em 2004.
Naquela ocasião, uma camisa com o nome do atacante nas costas foi apresentada. Love se defende dizendo que nunca vestiu a camisa do Corinthians e, tempos depois, a negociação com o time do Parque São Jorge não se concretizou. O jogador acabou voltando para o CSKA (Rússia), clube pelo qual atuou por cinco anos.
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De lá para cá, outros times brasileiros tentaram contratar o atacante, mas todos sem sucesso - os dirigentes russos sempre dificultaram a negociação. Já o Palmeiras nunca escondeu o sonho de repatriar o atacante, apesar de não ter a certeza do aval da torcida.
"Quero poder comemorar mais gols ali perto da torcida, no Palestra Itália. Eles estão de parabéns porque vêm fazendo uma bela festa", disse o atacante. O Palmeiras é o líder do Campeonato Brasileiro, com 44 pontos. No domingo, o time enfrenta o Vitória fora de casa.
SELEÇÃO BRASILEIRA - Desde que chegou, Vágner Love nunca escondeu que voltou ao Palmeiras com o objetivo de conquistar uma vaga na seleção brasileira que vai à Copa do Mundo de 2010. O atacante chegou a ser chamado pelo técnico Dunga ao longo das Eliminatórias, mas perdeu a vaga para Luís Fabiano.
A recente convocação dos companheiros de clube Diego Souza e Cleiton Xavier para o jogo contra o Chile, que será disputado nesta quarta-feira, em Salvador, anima ainda mais Vágner Love.
"Como eles chegaram lá (na seleção) fazendo um bom trabalho pelo Palmeiras, eu posso voltar para a seleção também. A concorrência no ataque é muito grande, mas vou fazer de tudo para ser chamado", disse.