Valdivia se reapresentou nesta segunda-feira ao Palmeiras com um atraso de quatro dias em relação à data inicialmente estipulada pela comissão técnica. Depois de fazer um treino físico, enquanto o restante do elenco treinava com bola, ele deu entrevista coletiva no final da tarde para explicar sua ausência, dizendo que estava realizando um tratamento médico no Chile com o objetivo de evitar novas lesões. Apesar da justificativa, o meia chileno reconheceu seu erro, aceitou a multa imposta pela diretoria palmeirense e garantiu que não quer ir embora do clube.
Vítima de seguidas lesões musculares nos últimos tempos, Valdivia contratou um médico particular para fazer um trabalho especial durante suas férias no Chile. "Fizemos um projeto que consiste em trabalhar duro por duas semanas e isso acabou no dia 5 de janeiro", revelou o jogador, que trouxe fotos e exames ao Palmeiras para comprovar o tratamento realizado. O problema foi que ele não comunicou o clube sobre o que estava fazendo e nem ao menos avisou que iria atrasar sua reapresentação - só conversou com o gerente César Sampaio na quinta-feira, data marcada para o retorno.
"Falei com o César Sampaio no dia 3 (de janeiro) e ele me perguntou por que eu não tinha avisado (sobre o atraso). Disse que não avisei porque ninguém acreditaria que eu estaria fazendo um trabalho nas minhas férias. Errei. Eu sei disso e aceito a multa (o valor da punição imposta pelo Palmeiras não foi revelado). Mas não me arrependo de nada que eu fiz", afirmou Valdivia, que justificou também a decisão de não ter avisado os médicos do clube sobre o tratamento que iria fazer no Chile. "Não informei porque estava de férias e eles não tinham nada a ver com isso."
Apesar da nova polêmica em que se envolveu, Valdivia garantiu nesta segunda-feira que não quer ir embora do Palmeiras. "Em nenhum momento, vocês não ouviram nada da minha boca que eu quisesse sair. Se tem babaca falando isso, não sou eu", disse o meia chileno, aparentemente fazendo uma referência ao empresário Osório Furlan, detentor de 36% dos seus direitos econômicos, que defende que ele seja vendido. "Como já disse várias vezes, quero ficar e vou ficar no Palmeiras", completou o jogador, que estaria sendo sondado pelo Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos.